Três e meia da tarde. No auditório do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, a oportunidade de ouvir Newton C. A. Costa, ex-professor da UFPR, criador da Lógica Paraconsistente. Esta lógica fundamenta inúmeras aplicações na engenharia, computação, robótica e linguística, entre outros.
A palestra foi organizada pelo curso de Ciência da Computação.
O título do primeiro slide me assusta: A matemática na Polônia.
Não sei nada além da aritmética trivial do nosso dia a dia.
Após a introdução por um professor e agradecimentos iniciais, esse brilhante lógico diz:
_ Eu quero contar pra vocês sobre a beleza que aconteceu com a Matemática na Polônia.
Pronto! Ganhou minha atenção. Eu, que vivo buscando a beleza no conhecimento, fiquei curioso.
E o professor Newton narrou uma história belíssima. A história de três jovens matemáticos que, ao final da primeira guerra mundial, resolveram implantar um plano de transformar a Polônia em um dos centros de estudos da Matemática mais importantes do mundo.
Os nomes deles não consegui guardar. Muito dificéis para meu parco polonês! O plano passou pela criação de três universidades, esquemas de identificação de jovens talentos no ensino médio apoiados por bolsas de estudos, foco em áreas da matemática pouco dominadas ou valorizadas pelos outros centros na época (Alemanha, Inglaterra e União Soviética) e criação de um periódico próprio para disseminação de seus estudos.
Nas palavras do Professor Newton:
_ A Polônia saiu do zero para se tornar uma grande potência no campo. De menos infinito a mais infinito!
Uma bela história de empreendedorismo na academia! E uma forma surpreendente de encerrar uma semana de muito estudo sobre o empreendedorismo.
Continuo nessa busca pela beleza do conhecimento. De vez em quando tropeço nela.