Este blog é de autoria de Fernando Antonio Prado Gimenez. Destina-se a textos, reflexões, memórias e comentários sobre empreendedorismo e pequenas empresas.
sábado, 11 de setembro de 2021
Fim de ano no Gimenez
Mas, antes de contar o que ganhei, vale a pena dizer como me tornei freguês assíduo da Padaria América. Isso aconteceu porque, durante a pandemia, percebendo as dificuldades que proprietários de pequenas empresas estavam enfrentando, decidi fazer compras, preferencialmente, no pequeno varejo da vizinhança, ao invés das grandes redes varejistas. Dessa forma, passei a ser cliente da Farmácia do Jorge, do açougue Catedral, com o cordial atendimento do Edson, de um minimercado nas proximidades do prédio histórico da UFPR, de duas quitandas, uma próxima ao minimercado e outra na praça Dezenove de Dezembro.
Vez ou outra, ainda faço compras em uma das redes de varejo, por aplicativo e para entregar em casa. No entanto sempre que tenho a oportunidade, vou a algum pequeno negócio. Outro dia, enquanto caminhava pelo centro de Curitiba, entrei em uma loja de doces que são inúmeras na região. Comprei uma caixa de bombons. Em outra ocasião, também em minhas caminhadas, entrei no Armazém Califórnia e comprei algumas porções das delícias da culinária árabe que ali se encontram.Também, Edra e eu criamos o hábito de comprar frutas, verduras, peixes e frutos do mar na feirinha de orgânicos aos sábados no Passeio Público.
Nesses 18 meses de pandemia, infelizmente, vi muitas portas se cerrarem para não abrirem mais. Mas vi, também, novos pequenos negócios surgirem, com alguns que parecem se firmar. É o caso do Empório Sandú, loja de produtos naturais na rua Riachuelo, aberta há alguns meses por um pai e um casal de filhos. Torcendo por eles, sempre que posso, compro algo lá. Amendoim japonês, damasco, castanhas e nozes. É uma variedade de produtos, mais de 500 conforme me contaram, em um espaço de não mais que 30 metros quadrados. E o atendimento de uma cortesia imensa! Enfim, meu lema tem sido o de comprar localmente e do pequeno comerciante sempre que possível.
A esta altura do texto, pode ser que alguma leitora ou leitor mais impaciente já tenha abandonado esta escrita. Afinal, o que foi que ganhei na Padaria América ao final de 2020?
No caixa, a atendente me perguntou se eu já havia ganhado a folhinha da Padaria América. Diante de minha resposta negativa, ela me deu uma. Uma folhinha de calendário! Imediatamente minha memória viajou para os tempos do Gimenez e a distribuição de folhinhas do Supermercado Gimenez. Nove meses depois, como se fosse uma gestação materna, ontem enquanto viajava para Londrina me veio à mente a lembrança e, dela, a vontade de contar sobre isso a você, leitora ou leitor perseverante.
Então, durante o mês de dezembro, era a época de agradar a freguesia do Supermercado Gimenez. Uma tradição de muitos anos. Nós enrolavamos as folhinhas em forma de tubo. Elas eram presas com uma folha de papel ao seu redor, em uma das pontas, sendo parte dessa folha enfiada por dentro do tubo, ficando fixa sem necessidade de fita adesiva. E durante esse tempo seu Christovam e dona Kilda iam distribuindo as folhinhas aos fregueses e freguesas mais assíduos.
Aos mais queridos ou com maior prestígio na casa, havia um brinde adicional. Durante muitos anos, junto com a folhinha, esses privilegiados ganhavam um garrafa de sidra de maçã Rossoni devidamente embrulhada para presente.
Ah. memórias dos tempos do Gimenez! Quando penso que acabei, sempre surge mais uma. Qualquer dia desses, conto outra sobre como no Gimenez se procurava agradar clientes e gerar faturamento. Em especial no mês de dezembro que era época de gerar reservas para o período mais fraco das férias escolares de janeiro e fevereiro. Mas, fica pra outro dia.
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
No Gimenez, um ritual matutino
Em uma rotina que se repetia de segunda a sábado, meu pai ou minha mãe e um dos filhos, muitas vezes eu, abriam as portas por volta das seis e meia da manhã. As primeiras trabalhadoras, em geral, começavam a jornada de trabalho às sete horas. Duas ou três. Os demais chegavam às oito ou nove horas. No entanto, sempre havia algumas freguesas ou fregueses que precisavam comprar o pão fresco e um ou mais litros de leite antes das sete horas.
A rotina era sempre a mesma. Morávamos em frente ao mercado, do outro lado da rua Paranaguá. Atravessavamos a rua. Enquanto meu pai erguia uma das portas, um de nós trazia duas ou três caixas de leite que o leiteiro deixava de madrugada em um pequeno depósito de madeira em um canto da calçada. O leite, nesta época, vinha em saquinhos de plástico com um litro. Em cada caixa havia dez litros de leite. O leite era da Cativa e fazíamos o acerto com o leiteiro, na segunda entrega do dia que ocorria no meio da tarde.
Em seguida, um de nós pegava o balaio de pão francês que o entregador da padaria deixara minutos antes junto à porta e colocava ao lado de um dos check-outs. Os pães chegavam ainda quentes da padaria que foi, por muito tempo, a dos Pegoraro. Durante um tempo, também, tivemos outra padaria - O Pão Francano - nos fornecendo pães. As entregas eram feitas três vezes ao dia. Pela manhã, por volta do meio-dia e por volta das quatro horas da tarde. Pão sempre fresquinho!
O ritual matutino assim se repetia: enquanto um de nós fazia embalagens de dois, três ou quatro pães, as freguesas e fregueses pegavam os pães e os litros de leite que desejavam. E faziam o pagamento para minha mãe ou meu pai no caixa.
Os pães eram embrulhados em folhas de papel. Nós tínhamos uma boa agilidade em colocar os pães sobre o papel, juntar as bordas do papel em torno dos pães e, com um movimento das mãos girávamos o pacote duas ou três vezes fechando-o com laços nas extremidades. Tínhamos que ser rápidos pois freguesas e fregueses queriam ir para casa terminar de preparar o café da manhã familiar.
Havia um bom número de pessoas que nos aguardavam para essa primeira compra do dia. Na maioria das vezes, tudo corria bem. Mas, vez ou outra, o padeiro se atrasava. Algumas vezes, também, o atraso era do leiteiro. Nesses momentos havia uma ou outra cara feia ou emburrada. Mas, um pouco de conversa de Seu Christovam e Dona Kilda sempre desanuviava os ares.
Certa vez, meu pai e minha mãe viajaram. Não me lembro para onde. Eu e meus irmãos ficamos encarregados de cumprir o ritual matutino durante a ausência deles. Nessa época, tia Amélia, irmã de minha mãe, trabalhava conosco. Ela, tio Plínio e as quatro filhas e dois filhos, nossos primos, moravam na esquina da Belo Horizonte com a Goiás. Pouco mais de 200 metros do mercado.
Pois não é que, logo no primeiro dia da viagem de meus pais, eu e meus irmãos perdemos a hora. Me lembro de tia Amélia batendo na janela do quarto em que os três irmãos dormiam. Ela nos acordou, dizendo:
_ Christovinho! Fernando! Já são quase sete horas!
Foi uma correria! Nessa manhã, o ritual se atrasou. Mas, fora algumas caras feias e outras emburradas, entre mortos e feridos salvaram-se todos!
Lembranças do Gimenez! Quando menos se espera, alguma escorrega da alma para as pontas do dedo. Vira texto!
quinta-feira, 25 de março de 2021
A HETEROGENEIDADE DOS ECOSSISTEMAS EMPREENDEDORES MUNICIPAIS DO BRASIL
A Endeavor
Brasil, desde 2014, tem realizado pesquisas sobre a situação dos ecossistemas
empreendedores em nível municipal que integram uma série de publicações sobre o
Índice de Cidades Empreendedoras. No primeiro ano do estudo, foram pesquisadas
14 capitais brasileiras. Em 2015, este número subiu para 32 cidades brasileiras,
entre as quais 22 capitais. Estas cidades e capitais se mantiveram nos
relatórios de 2016 e 2017. Enfim, três anos depois, a pesquisa de 2020 atingiu as
100 cidades brasileiras com maior população e foi feita em parceria com a Escola
Nacional de Administração Pública (Enap).
O Índice
de Cidades Empreendedoras pretende indicar quais as cidades que têm um ambiente
mais adequado para o desenvolvimento do ecossistema empreendedor. Baseado em sete
pilares, ou determinantes, além de ranquear as cidades investigadas, ele permite
entender pontos fortes e pontos fracos de cada ecossistema empreendedor. Suas
informações e análise podem ser uteis tanto para os formuladores de políticas
públicas de empreendedorismo quanto para empreendedores atuais ou potenciais. Para
os primeiros aponta os pilares que demanda atenção e esforços de melhorias. Já
para os últimos permite o conhecimento de oportunidades para empreender em
ecossistemas empreendedores mais favoráveis. Os pilares que compõem o Índice de
Cidades Empreendedoras estão descritos no quadro 1.
Quadro
1:
Pilares ou determinantes do Índice de Cidades Empreendedoras
Pilar |
Indicadores |
Variáveis |
Ambiente
regulatório |
Tempo
de processos |
Tempo
de viabilidade de localização |
Tempo
de registro, cadastro e viabilidade
de nome |
||
Taxa de
congestionamento em
tribunais |
||
Tributação |
Alíquota
interna do ICMS |
|
Alíquota
interna do IPTU |
||
Alíquota
interna do ISS |
||
Qualidade
da gestão fiscal |
||
Complexidade
burocrática |
Simplicidade
tributária |
|
CNDs
municipais |
||
Atualização
de zoneamento |
||
Infraestrutura |
Transporte
interurbano |
Conectividade
via rodovias |
Número
de decolagens por ano |
||
Distância
ao porto mais próximo |
||
Condições
urbanas |
Acesso
à internet rápida |
|
Preço
médio do m2 |
||
Custo
da energia elétrica |
||
Taxa de
homicídios |
||
Mercado |
Desenvolvimento
econômico |
Índice
de desenvolvimento Humano |
Crescimento
médio real do PIB |
||
Número
de empresas exportadoras com
sede na cidade |
||
Clientes
potenciais |
PIB per
capita |
|
Proporção
entre grandes/médias e médias/pequenas
empresas |
||
Compras
públicas |
||
Acesso
a capital |
Capital
disponível |
Operações
de crédito por município |
Proporção
relativa de capital de risco |
||
Capital
poupado per capita |
||
Inovação |
Inputs |
Proporção
de mestres e doutores em C&T |
Média
de investimentos do BNDES e da Finep |
||
Infraestrutura
tecnológica |
||
Patentes |
||
Tamanho
da economia criativa |
||
Outputs |
Proporção
de funcionários em C&T |
|
Contratos
de concessão |
||
Tamanho
da indústria inovadora |
||
Tamanho
das empresas TIC |
||
Capital
humano |
Acesso
e qualidade da mão de obra básica |
Nota do
Ideb |
Proporção
de adultos com pelo menos o ensino médio completo |
||
Taxa
líquida de matrícula no ensino médio
|
||
Proporção
de adultos com pelo menos o ensino superior completo |
||
Proporção
de alunos concluintes em cursos de alta qualidade |
||
Acesso
e qualidade da mão de obra qualificada |
Nota média
no Enem |
|
Proporção
de matriculados no ensino técnico e profissionalizante |
||
Custo
médio de salários de dirigentes |
||
Cultura |
Imagem
do empreendedorismo |
Satisfação
em empreender |
Probabilidade
de abertura de negócios dados oportunidade e recursos |
||
Facilidade
pessoal para abertura e manutenção
de negócios |
||
Conhecimento
de riscos na abertura de novos negócios |
||
Pesquisas
sobre empreendedorismo |
||
Apoio
familiar ao empreendedorismo |
||
Conhecimento
sobre processos de abertura de negócios |
||
Grau de
esforço para se tornar empreendedor |
Fonte: Elaborado
pelo autor com base em Endeavor (2021)
A partir
dos dados coletados para cada uma das variáveis, as cidades foram ranqueadas no
computo geral e, também, para cada um dos determinantes. No quadro 2, estão
listadas as dez cidades com melhor ranqueamento no índice geral e nos sete
pilares individualmente.
Quadro
2:
Cidades de melhor desempenho no Índice das Cidades Empreendedoras e nos pilares
Indicador |
Cidades |
São Paulo; Florianópolis; Osasco; Vitória Brasília; São José dos Campos; São
Bernardo do Campo; Jundiaí; Porto Alegre; Rio de Janeiro |
|
Macapá;
Vitória; São Gonçalo; São Paulo; Boa Vista; Campos dos
Goytacazes; Niterói; Praia Grande; Rio de Janeiro; Belford Roxo |
|
São Paulo; Recife; Limeira; São Bernardo do Campo; Franca; Jundiaí;
Santos; Guarulhos; Mogi das Cruzes; Brasília |
|
Jundiaí; Canoas; Brasília;
São José dos Campos; Mauá; Diadema; São Paulo; Camaçari; Osasco;
Campinas |
|
São Paulo; Osasco; Porto Alegre; Rio de Janeiro;
Belo Horizonte; Florianópolis; Curitiba; Vitória;
Brasília; Vila Velha |
|
Inovação |
Florianópolis; Caxias do Sul; Campinas;
Joinville; Limeira; Curitiba; São Bernardo do Campo;
Porto Alegre; São José dos Campos; Niterói |
Capital
humano |
Florianópolis; Vitória; Niterói;
Juiz de Fora; Palmas; Santa Maria; Curitiba; Jundiaí;
Belo Horizonte; Vila Velha |
Cultura |
Porto Velho; Manaus; Rio
Branco; Maceió; Recife; Caruaru; Jaboatão dos Guararapes; Olinda; Paulista; Petrolina |
Fonte:
Elaborado pelo autor com base em Endeavor (2021).
Observação:
Os dez ecossistemas empreendedores de melhor desempenho no índice geral estão
assinalados em negrito nos pilares em que também se destacaram
Pelas
informações que constam no quadro 16, pode-se perceber que os ecossistemas
empreendedores municipais apresentam muita heterogeneidade. Em primeiro lugar,
os pilares que mais contribuíram para um melhor desempenho dos dez primeiros
não foram muito numerosos. O pilar do acesso a capital é que contou com
maior número das dez cidades de melhor índice geral, também nele mais bem posicionadas.
Foram sete cidades, pela ordem de posicionamento no pilar: São Paulo; Osasco;
Porto Alegre; Rio de Janeiro; Florianópolis; Vitória; e Brasília.
Outro
pilar contou com cinco dos dez melhores ecossistemas empreendedores bem
ranqueados. Foi o pilar de mercado, que contou com a participação de: Jundiaí,
Brasília, São José dos Campos, São Paulo e Osasco. Aliás, neste pilar das dez
cidades mais bem colocadas, sete são do estado de São Paulo, o maior mercado do
Brasil.
Outros
dois pilares - infraestrutura e inovação - tiveram a presença de
quatro dos dez melhores ecossistemas empreendedores entre os de melhor desempenho
nestas dimensões. O pilar de infraestrutura incluiu São Paulo, São Bernardo
do Campo, Jundiaí e Brasília. Também na dimensão da infraestrutura, o estado de
São Paulo teve a maiorias dos melhores ecossistemas, ou seja, oito entre dez municípios.
São Paulo é reconhecido como o estado de melhor infraestrutura de transportes e
comunicação no país. O pilar de inovação, por sua vez, contou com a presença
de Florianópolis, São Bernardo do Campo, Porto Alegre e São José dos Campos.
Por fim, na
análise dos municípios presentes em cada pilar, o de cultura teve um
perfil muito diferente dos demais. Nenhum dos dez melhores ecossistemas empreendedores
se destacou neste pilar. Aliás, este pilar contou com a presença, entre os dez
melhores, de cidades apenas do norte (Porto Velho (RO); Manaus (AM); e Rio
Branco (AC)) e nordeste (Maceió em Alagoas; e Recife, Caruaru, Jaboatão dos
Guararapes, Olinda, Paulista e Petrolina em Pernambuco).
Outra forma de heterogeneidade se relaciona
aos pontos fortes de cada ecossistema empreendedor. Assim, São Paulo que
assumiu a primeira posição no índice geral, quando se analisa a presença nos
sete pilares, vê-se que a cidade esteve entre as dez melhores em apenas quatro
(ambiente regulatório; infraestrutura; mercado; e acesso a capital).
Florianópolis,
por sua vez, segunda classificada no índice geral, esteve entre os dez melhores
ecossistemas empreendedores em apenas três pilares (acesso a capital; inovação;
e capital humano).
Osasco,
município da região da Grande São Paulo, foi o terceiro colocado no índice
geral, mas esteve apenas entre os dez melhores nos pilares de mercado e acesso
a capital.
Vitória e
Brasília que ocuparam respectivamente, a quarta e quinta posições, também se
destacaram entre os dez melhores em apenas três pilares cada um. Vitória se posicionou
bem em ambiente regulatório, acesso a capital e capital humano, enquanto Brasília
foi bem ranqueada em Infraestrutura, mercado e acesso a capital
Dos cinco
municípios restantes que estiveram entre os dez melhores, São José do Campos,
na sexta posição, teve bom desempenho em mercado e inovação. A seguir, São
Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, teve destaque em infraestrutura e
inovação. Na oitava posição ficou Jundiaí, no estado de São Paulo, com bom
posicionamento em infraestrutura, mercado e capital humano. Porto Alegre e Rio
de Janeiro, ficaram nas duas últimas posições, com a primeira se destacando em
acesso a capital e inovação, e o último em ambiente regulatório e acesso a
capital.
Curitiba
e Niterói, que ficaram na classificação do índice geral em 11º. E 15º.,
respectivamente, tiveram destaque em três pilares cada uma. A capital paranaense foi bem-posicionada em acesso
a capital, inovação e capital humano, enquanto Niterói se destacou em ambiente
regulatório, inovação e capital humano.
Mais
cinco cidades desempenharam bem em dois pilares: Belo Horizonte (14º.); Campinas (12º); Limeira
(13º.); Recife (37º.) e Vila Velha (34º.). Belford Roxo. Boa Vista, Camaçari, Campos
dos Goytacazes, Canoas, Caruaru, Caxias do Sul, Diadema, Franca, Guarulhos, Jaboatão
dos Guararapes, Joinville, Juiz de Fora, Macapá, Maceió, Manaus, Mauá, Mogi das
Cruzes, Olinda, Palmas, Paulista, Petrolina, Porto Velho, Praia Grande, Rio
Branco, Santa Maria, Santos e São Gonçalo foram a 28 cidades que se destacaram
em apenas um dos pilares do índice geral de cidades empreendedoras.
Estes
dados trazem um panorama interessante e heterogêneo das 100 maiores cidades em
termos de população no Brasil. Outras análises podem ser feitas. Aguarde!
Referência
ENDEAVOR/ENAP Índice de cidades empreendedoras Brasil 2020, Disponível em https://endeavor.org.br/ambiente/ice-2020/
sexta-feira, 5 de março de 2021
Antes do Gimenez: memórias que me contaram
Como o próprio título indica, não são minhas estas memórias. Ou melhor, são memórias de memórias que me contaram. Uma foi contada, várias vezes, por um professor de matemática que tive no ensino médio. Anos mais tarde, seríamos colegas de universidade. Ele, professor de economia. Eu, de administração.
A segunda memória veio de minha mãe. Entre as muitas conversas que tivemos antes de ela perder sua lucidez, algumas vezes me contou sobre o primeiro flerte entre ela e seu Gimenez. Mais dele do que dela. Mas, ela me contava com emoção e muito humor. Meu pai já era falecido quando ela me narrou esta lembrança pela primeira vez.
Por fim, graças a uma interação no Facebook, a partir de uma lembrança de um amigo de minha infância, Devanir Parra, há uma memória contada pelo meu próprio pai. Acrescida de detalhes que meu tio Antônio, irmão de meu pai, me passou e que aconteceram muito antes da chegada de meu pai a Londrina no começo da década de 40. Memória esta ainda mais avivada por relato de meu primo José Gimenes, filho de outro irmão de meu pai, também José. Então, vamos a elas.
O professor Hermas de Melo, que de vez em quando fazia compras no supermercado Gimenez, já na época dos meus estudos no Ginásio e Científico, me contava a lembrança que tinha de meu pai. Dizia ele que, no começo da vida de meu pai em Londrina, este vendia bananas em uma carroça com a qual circulava pela região. E, sempre, concluía que admirava muito o sucesso de meu pai como comerciante. O estranho dessa memória é que eu, ao menos do que me lembro, nunca confirmei com meu pai se a história era verdadeira. E, também, não me lembro de alguém, além de meu professor de matemática, ter falado disso. De qualquer forma, era uma história que me deixava orgulhoso. Enfim, é uma memória que me contaram.
A segunda memória que me foi contada veio, como disse, de minha mãe. Muitas vezes, ela me contou sobre o primeiro contato que teve com meu pai. No início dos anos 50, ela era professora em Apucarana. Ia e voltava de Apucarana de ônibus. Na volta, o ponto de desembarque era próximo ao colégio Londrinense, onde ela havia estudado, na rua Mossoró quase esquina com a Paranaguá. Nessa época, ela, meus avós e alguns de meus tios e tias já moravam na Espírito Santo, um pouco depois da casa de comércio que meu pai já tinha na esquina da Paranaguá com Goiás. Ela fazia o trajeto da Paranaguá desde a Mossoró até a Espírito Santo a pé. Inevitavelmente passava em frente à mercearia do seu Gimenez.
Certa vez, quando ela por ali passava, um senhor que era contador e para quem ela já havia prestado alguns serviços, estava conversando com o Christovam. Minha mãe e meu tio João eram contadores e alguns anos antes tiveram um escritório de contabilidade. Esse senhor recorria a eles, de vez em quando, nos momentos que tinha muita demanda. Minha mãe cumprimentou o conhecido. E ouviu a seguinte conversa:
_ Fulano, vou me casar com essa moça.
_ Christovam, eu conheço essa moça. Ela é de família. Séria. Não é como as mulheres que você se envolve.
Meu pai era um homem bonito, bem de vida e, segundo me contaram, usava o seu charme, pois quando mudou-se para Londrina já era desquitado. Tinha seus casos. Mas, meu pai assim respondeu:
_ Fulano, falo sério. Quero casar com ela.
Depois de algum tempo, houve a aproximação e eles se casaram em 1953. Houve alguma resistência de meu avô, pai de minha mãe, mas no fim seu Gimenez e dona Kilda foram se casar em Rivera no Uruguai, já que desquitado, de acordo com a legislação da época, ele não poderia se casar novamente. Meu tio Caio e meu avô foram juntos para Rivera. Mas, esta é outra memória!
Por fim, a memória narrada por meu pai. Ele, quando éramos crianças, teve alguns cavalos de corrida que disputavam páreos no Jóquei Clube de Londrina. Era um programa dominical para eu, meus irmãos e minha irmã. Passávamos as tardes de domingo vendo as corridas. Em um dos páreos sempre corria um dos cavalos de meu pai. Pois meu pai contava que, quando ele veio para Londrina, havia uma raia de corridas na rua Antonina. Ele que tinha sido jóquei dos cavalos de seu pai, Antônio Gimenes, em Sertãozinho, também participava das corridas. Devanir Parra, outro dia no Facebook, me perguntou sobre isso e se referiu à raia da rua Paranaguá. Para ser honesto com você, eu sempre achei que fosse na Antonina, mas agora estou em dúvida. Porém, isso não importa. As memórias nem sempre são exatas.
Certa vez, quanfo fui visitar os familiares de meu pai em Sertãozinho, meu tio Antônio nos levou para visitar Dumont, que fica próxima da cidade natal de meu pai. Ele estava conosco. Naquele dia, meu tio Antônio contou sobre o tempo em que meu pai ainda jovem era o jóquei dos cavalos que meu avô criava. Em especial, lembrou do dia em que haveria uma corrida em Dumont, mas não queriam deixar que meu pai participasse da corrida com o cavalo usual, pois era uma barbada. Ou seja, ninguém poderia ganhar deles. Mas, o que ninguém esperava era o que os filhos do seu Antônio, meu avô, fariam. Pintaram o cavalo para se inscreverem na corrida. Parece coisa de filme, mas não deu muito certo.
Aqui, reproduzo o que confirmou meu primo José Gimenes em comentário no Facebook em resposta à minha interação com Devanir Parra:
"Fernando, fiquei sabendo através do meu pai que o seu pai, meu tio Christovam era o jockey da família Gimenez em Sertãozinho. Depois o tio começou a crescer muito e ficar encorpado, então o tio Antônio passou a ser o jockey porque era mais franzino. Eles ganhavam muitas corridas na região de Sertãozinho. Meu pai ia catar uma grama especial não sei aonde pra dar pros cavalos de corrida".
Em seguida, ele adicionou:
"Meu pai conta esta história que pintaram o cavalo com alguma tinta de erva pra não reconhecerem o cavalo que era considerado barbada. Só que daí começou a chover e apagou a tinta . Assim acabaram descobrindo que o animal era do Seu Antônio Gimenes".
Os irmãos Gimenez não eram fáceis, não!
Estão aí as memórias das memórias que me contaram. Um bom fecho para este livro que estou planejando.
domingo, 28 de fevereiro de 2021
LINHAS DE PESQUISA EM EMPREENDEDORISMO E PEQUENAS EMPRESAS NA PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA
Outro dia, no grupo de Facebook "Amigos da Anegepe", Luiz Ojima Sakuda perguntou se existia um mapeamento dos programas de pós-graduação com linhas de pesquisa em empreendedorismo e inovação. Instigado por esta curiosidade, fui verificar onde poderia encontrar este tipo de informação.
Na
Plataforma Sucupira (sucupira.capes.gov.br), que concentra as informações sobre
a avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu do Brasil, há
uma seção de dados e estatísticas que inclui uma subseção de dados abertos (https://dadosabertos.capes.gov.br/dataset?organization=diretoria-de-avaliacao).
Nesta seção procurei por linhas de pesquisa e surgiram alguns arquivos que trazem
informações sobre os projetos de pesquisa informados nos relatórios dos
programas de pós-graduação stricto sensu brasileiros. Entre outras informações, este projetos estão vinculados
às linhas de pesquisa dos programas em que foram executados. Localizei arquivos
que trazem os dados relativos a três quadriênios completos (2004 a 2008; 2009 a
2012; 2013 a 2016) e o referente ao período 2017 a 2019, visto que a coleta dos
dados do último quadriênio ainda não foi concluída. Nesta primeira análise me concentrei
nas linhas de pesquisa em empreendedorismo e/ou pequenas empresas.
Entre
2004 e 2008, havia doze programas de pós-graduação com linhas de pesquisa em
empreendedorismo. Destes, oito eram da área de Administração. Os outros se
distribuíram em três áreas de conhecimento: Engenharia (2); Química (1) e
Interdisciplinar (1). No conjunto, estes programas tinham 15 linhas de pesquisa
voltadas para o empreendedorismo, Neste período nenhuma linha de pesquisa
estava focada em pequenas empresas.
No
quadriênio seguinte, 2009 a 2012, houve um acréscimo para 14 programas com
linhas de pesquisa em empreendedorismo e/ou pequenas empresas. Dois programas ofereceram
linhas de pesquisa com foco em pequenas empresas. Assim, em termos de área de
conhecimento, os programas se distribuíram entre: Administração (8); Engenharia
(2); Interdisciplinar (2); Química (1); e Biotecnologia (1). As linhas de
pesquisa ofertadas totalizaram 16.
Para o quadriênio
2013-2016, o crescimento foi um pouco maior, atingindo-se 19 programas com a
oferta de linhas de pesquisa em empreendedorismo e/ou pequenas empresas. A área
de Administração continuou liderando a oferta com 12 programas, sendo que um
deles com o nome de Empreendedorismo, na modalidade profissional, ofertado pela
Universidade de São Paulo. Os demais se distribuíram por: Design (1); Interdisciplinar
(2); Economia (1); Química (1); Ciências Biológicas (1); e Biotecnologia (1).
Por fim,
entre 2017 e 2019, há informações sobre 26 programas entre acadêmicos e
profissionais com a oferta de 27 linhas de pesquisa. Treze programas são da
área de Administração. Os demais são vinculados a: Ciências Ambientais (1);
Design (1); Interdisciplinar (4); Biotecnologia (2); Engenharia (1); Química
(1); Ciências Biológicas (2) e Ensino (1).
Assim, de acordo com as informações encontradas, nestes 16 anos, percebe-se um crescimento contínuo no número de programas de pós-graduação stricto sensu brasileiros que têm ofertado linhas de pesquisa em empreendedorismo e/ou gestão de pequenas empresas. Observa-se, em segundo lugar, que o número de áreas de conhecimento que têm se envolvido com pesquisa em empreendedorismo cresceu também no período. Este crescimento foi de apenas quatro áreas no primeiro quadriênio para nove áreas entre 2017 e 2019. Uma terceira informação que surge deste levantamento é que a área de Administração tem sido a de maior presença em termos de oferta dessas linhas de pesquisa. Por fim, os dados revelaram que há poucas linhas de pesquisa que se dediquem às pequenas empresas. Nas tabelas a seguir, estão os dados relativos a cada período.
2017 A 2019 |
|||
PROGRAMA |
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO |
M |
LINHA DE PESQUISA |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POTIGUAR |
A |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE CAMPINAS (LIMEIRA) |
A |
EMPREENDEDORISMO E
SUSTENTABILIDADE |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS |
A |
ESTRATÉGIA,
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POSITIVO |
A |
ESTRATÉGIA,
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE NOVE
DE JULHO |
A |
EMPREENDEDORISMO E
PEQUENOS NEGÓCIOS |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO |
A |
MARKETING,
EMPREENDEDORISMO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE |
A |
PEQUENAS EMPRESAS E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE DO
OESTE DE SANTA CATARINA |
A |
SUSTENTABILIDADE,
EMPREENDEDORISMO E DINÂMICAS TERRITORIAIS |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ITAJUBÁ |
P |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE SANTA CATARINA |
P |
GESTÃO, INOVAÇÃO E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA |
A |
DINÂMICA DAS MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA |
A |
EMPREENDEDORISMO E
DESENVOLVIMENTO |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA |
P |
DINÂMICA DAS MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA |
P |
EMPREENDEDORISMO E
DESENVOLVIMENTO |
BIOENERGIA |
FACULDADE DE
TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE SALVADOR |
P |
GESTÃO E
EMPREENDEDORISMO EM BIONEGÓCIOS |
CIÊNCIA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE DO
OESTE DE SANTA CATARINA |
A |
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
DE PRODUTOS E PROCESSOS |
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA EM SAÚDE |
UNIVERSIDADE DE
MOGI DAS CRUZES |
P |
EMPREENDEDORISMO NA
SAÚDE |
CIÊNCIAS GENÔMICAS
E BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE BRASÍLIA |
A |
EMPREENDEDORISMO,
PROPRIEDADE INTELECTUAL E REGULAMENTAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA |
DESENVOLVIMENTO
LOCAL |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA |
P |
GESTÃO DA INOVAÇÃO
E EMPREENDEDORISMO |
DESIGN, TECNOLOGIA
E INOVAÇÃO |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO TERESA D´ÁVILA |
P |
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
DINÂMICAS DE
DESENVOLVIMENTO DO SEMIÁRIDO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO |
P |
GESTÃO, INOVAÇÃO E
EMPREENDEDORISMO |
EMPREENDEDORISMO |
UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO |
P |
EMPREENDEDORISMO |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO (SÃO CARLOS) |
A |
GESTÃO DE PESSOAS E
DO CONHECIMENTO NA INOVAÇÃO E NO EMPREENDEDORISMO |
GESTÃO ESTRATÉGICA
DE ORGANIZAÇÕES |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA |
P |
ESTRATÉGIA,
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
GESTÃO,
PLANEJAMENTO E ENSINO |
UNIVERSIDADE VALE
DO RIO VERDE |
P |
GESTÃO
EMPREENDEDORA DO ENSINO |
INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA E BIOFARMACÊUTICA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS |
A |
EMPREENDEDORISMO, TRABALHO
E COMPETÊNCIA |
INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA E PROPRIEDADE INTELECTUAL |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS |
P |
ANÁLISES DA
INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO |
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
E PROPRIEDADE INTELECTUAL |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS |
P |
EMPREENDEDORISMO,
TRABALHO E COMPETÊNCIA |
QUÍMICA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS |
A |
QUÍMICA
TECNOLÓGICA, BIOTECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO (BB) |
QUÍMICA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS |
A |
QUÍMICA
TECNOLÓGICA, BIOTECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO (DTQB) |
Legenda: M = Modalidade;
A = Acadêmico; P = Profissional
2013 A 2016 |
|||
PROGRAMA |
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO |
M |
LINHA DE PESQUISA |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POTIGUAR |
A |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ |
A |
EMPREENDEDORISMO E
MERCADO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ |
A |
ESTRATÉGIA, DESEMPENHO
EMPRESARIAL E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS |
A |
ESTRATÉGIA,
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POSITIVO |
A |
ESTRATÉGIA,
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE NOVE
DE JULHO |
A |
ORGANIZAÇÕES E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO |
A |
MARKETING,
EMPREENDEDORISMO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE |
A |
PEQUENAS EMPRESAS E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ITAJUBÁ |
P |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE SANTA CATARINA |
P |
GESTÃO, INOVAÇÃO E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
FACULDADE CAMPO LIMPO
PAULISTA |
P |
DINÂMICA DAS MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
FACULDADE CAMPO
LIMPO PAULISTA |
P |
EMPREENDEDORISMO E
DESENVOLVIMENTO |
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO JOÃO DEL-REI |
A |
BIOTECNOLOGIA E
EMPREENDEDORISMO |
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI |
A |
EMPREENDEDORISMO E
BIOÉTICA |
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA EM SAÚDE |
UNIVERSIDADE DE
MOGI DAS CRUZES |
P |
EMPREENDEDORISMO NA
SAÚDE |
CIÊNCIA ECONÔMICA |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE CAMPINAS |
A |
ECONOMIA DAS
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PMES) |
DESIGN, TECNOLOGIA
E INOVAÇÃO |
CENTRO
UNIVERSITÁRIO TERESA D'ÁVILA |
P |
INOVAÇÃO E
EMPREENDEDORISMO |
EMPREENDEDORISMO |
UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO |
P |
INOVAÇÃO E NOVOS
NEGÓCIOS |
EMPREENDEDORISMO |
UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO |
P |
EMPREENDEDORISMO
INTERNO |
ENGENHARIA E GESTÃO
DO CONHECIMENTO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
GESTÃO DO
CONHECIMENTO, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO |
INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA E PROPRIEDADE INTELECTUAL |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS |
P |
EMPREENDEDORISMO,
TRABALHO E COMPETÊNCIA |
QUÍMICA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS |
A |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO EM QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA |
Legenda: M = Modalidade;
A = Acadêmico; P = Profissional
2009 A 2012 |
|||
PROGRAMA |
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO |
M |
NM_LINHA_PESQUISA |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POSITIVO |
A |
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO
E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
REGIONAL DE BLUMENAU |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ |
A |
EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO
E MERCADO |
ADMINISTRAÇÃO -
UEM/UEL |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ |
A |
ESTRATÉGIA,
DESEPENHO EMPRESARIAL E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO |
A |
MARKETING, EMPREENDEDORISMO
E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO |
FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE |
A |
PEQUENAS EMPRESAS E
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
FACULDADE CAMPO
LIMPO PAULISTA |
P |
DINÂMICA DAS MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS |
ADMINISTRAÇÃO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS |
FACULDADE CAMPO
LIMPO PAULISTA |
P |
EMPREENDEDORISMO E
DESENVOLVIMENTO |
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI |
A |
EMPREENDEDORISMO E
BIOÉTICA |
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA EM SAÚDE |
UNIVERSIDADE DE
MOGI DAS CRUZES |
P |
EMPREENDEDORISMO NA
SAÚDE |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA MARIA |
A |
GESTÃO ESTRATÉGICA,
SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
INOVAÇÃO,
EMPREENDEDORISMO E REDES ORGANIZACIONAIS |
ENGENHARIA E GESTÃO
DO CONHECIMENTO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
GESTÃO DO
CONHECIMENTO, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA |
QUÍMICA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS |
A |
CULTURA
EMPREENDEDORA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL |
Legenda: M = Modalidade;
A = Acadêmico; P = Profissional
2004 A 2008 |
|||
PROGRAMA |
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO |
M |
LINHA DE PESQUISA |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE DE
BRASÍLIA |
A |
INOVAÇÃO,
EMPREENDEDORISMO E CRIATIVIDADE |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CEARÁ |
A |
ESTRATÉGIA, DESEMPENHO
EMPRESARIAL E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO |
A |
INOVAÇÃO,
TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
POSITIVO |
A |
EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE POSITIVO |
A |
TECNOLOGIA,
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
REGIONAL DE BLUMENAU |
A |
EMPREENDEDORISMO E
NOVOS NEGÓCIOS |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
REGIONAL DE BLUMENAU |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MINAS GERAIS |
A |
EMPREENDEDORISMO EM
FINANÇAS |
ADMINISTRAÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO |
A |
MARKETING,
EMPREENDEDORISMO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |
ADMINISTRAÇÃO -
UEM/UEL |
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
EMPREENDEDORISMO |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO
E REDES ORGANIZACIONAIS |
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA MARIA |
A |
GESTÃO ESTRATÉGICA,
SISTEMAS DE PRODUÇÃO E EMPREENDEDORISMO |
ENGENHARIA E GESTÃO
DO CONHECIMENTO |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA |
A |
GESTÃO DO
CONHECIMENTO, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA |
QUÍMICA E
BIOTECNOLOGIA |
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE ALAGOAS |
A |
CULTURA
EMPREENDEDORA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL |
Legenda: M = Modalidade; A = Acadêmico; P = Profissional