Este blog é de autoria de Fernando Antonio Prado Gimenez. Destina-se a textos, reflexões, memórias e comentários sobre empreendedorismo e pequenas empresas.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
A jovem Tina e o teto de vidro na pequena empresa
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Empreendedores de si?
sexta-feira, 19 de julho de 2019
Lava Jato, empreendedorismo e a mulher de César
Empreendedorismo é uma das palavras mais usadas contemporaneamente. Vezenquando, gosto de alertar aqueles e aquelas que estudam o tema comigo sobre os limites que devem existir para uma ação empreendedora, bem como sobre as limitações desse fenômeno para a solução das desigualdades socioeconômicas de nossa sociedade.
Sobre os primeiros, o ato de empreender tem que ser realizado sob uma consciência ética. Não se pode empreender sem levar em consideração possíveis efeitos danosos que possam surgir quando qualquer empreendimento é criado. Previsíveis ou imprevisíveis, é obrigação da empreendedora ou empreendedor agir de forma a evitar danos previsíveis ou para compensar os efeitos dos imprevisíveis sobre pessoas ou comunidades.
No que diz respeito às limitações do empreendedorismo, não se pode ter uma fé cega sobre as receitas que sugerem que o empreendedorismo é o caminho para todos. E que só não são bem sucedidos aqueles e aquelas que não se empenham. Infelizmente, essa é uma visão ingênua do empreendedorismo que leva muitos a deixarem de lado a solidariedade com os que não conseguem empreender e "resolver" sua vida. Em especial, me alarma ver muitos jovens querendo empreender sem recursos e competências pata tanto. É um caminho para o desastre.
Mas, as notícias desse final de semana sobre os planos de negócios de procuradores da Lava Jato me levaram a outra reflexão. Esta notícia me fez pensar que o famoso provérbio sobre a mulher de César deveria ser um lema do empreendedorismo. Ou seja, ao empreendedor não basta ser honesto, é preciso parecer honesto.
Quero dizer com isso que aqueles que empreendem devem considerar, sempre, em primeiro lugar o bem estar coletivo e não o interesse pessoal. Difícil, mas não impossível.
Pena que parece que no caso dos procuradores, o provérbio só foi seguido na sua parte final. Isto é estavam querendo parecer honestos. Quanto à primeira parte do provérbio, me parece que foi deixada pra lá!
domingo, 5 de maio de 2019
Brasil Empreendedor?
Hoje, enquanto esperava um ônibus para ir ao aeroporto, li uma notícia sobre estudos do governo para incluir motoristas de aplicativos (uber e outros) entre as categorias de serviços passíveis de enquadramento como Micro Empreendedor Individual (MEI).
Quem acompanha meus escritos no blog 3es2ps.blogspot.com, talvez tenha tido a oportunidade de ler um post em que critico a substituição de relações de trabalho por contratos de MEIs. Já faz alguns anos. A coisa parece piorar!
Essa decisão de incluir estes motoristas como MEIs, certamente, aumentará em alguns milhões o número de empreendedores brasileiros. Este acréscimo, fatalmente, acabará sendo comemorado em algum momento como um indicativo de um Brasil Empreendedor!
O que será, para mim, mais um falso brilhante nas estatísticas brasileiras!
Cansado de esperar o ônibus e com medo de me atrasar para o vôo, chamei um uber. Marcos chegou alguns minutos depois. Inevitavelmente, como sempre faço, pergunto há quanto tempo atua como motorista. A resposta: três meses. Segunda pergunta: como vão os negócios? Resposta: dá pra viver, mas trabalho de dez a doze horas por dia. Sem folga semanal. Não é a mesma coisa de trabalhar oito horas por dia em uma empresa, ele completa a resposta.
Comento com ele a notícia que li. Ele responde que já tinha ouvido falar. Esperançoso de que isso possa assegurar algum benefício futuro. Penso comigo: uma aposentadoria de um salário mínimo! Mas, guardo o pensamento para mim.
Alguém pode me dizer: assim como Marcos, muitas empreendedoras e muitos empreendedores têm longas jornadas diárias de trabalho.
Verdade? Pode ser. Mas, qual a diferença? Para mim, empreendedores e empreendedoras fazem suas escolhas sobre como atuar no mercado. Exercem sua autonomia criativa e empresarial. Marcos, não! Como motorista de aplicativo jamais será um empreendedor. Faz o que lhe mandam, nas condições que lhe determinam. É um empregado sem direitos trabalhistas!
Enquanto isso, seguimos celebrando o Brasil Empreendedor!
Me poupem!
domingo, 10 de março de 2019
O primeiro artigo sobre empreendedorismo publicado em um periódico brasileiro
sábado, 9 de março de 2019
Empreendedorismo cultural: um exemplo
Vezenquando, tenho a oportunidade de compartilhar o que me vem à cabeça. Seja em posts nesse blog, seja em formatos mais acadêmicos.
Por exemplo, em janeiro do ano passado publiquei esse post sobre Nitis Jacon, uma empreendedora cultural (https://3es2ps.blogspot.com/2018/01/nitis-jacon-uma-empreendedora-cultural.html?m=1).
No formato de ensaio, recentemente, consegui publicar um texto sobre a identidade empreendedora no campo da cultura. O texto foi publicado na Políticas Culturais em Revista e pode ser acessado aqui (https://portalseer.ufba.br/index.php/pculturais/article/view/24410).
No post de hoje, retomo o tema do empreendedorismo cultural. Dessa vez para compartilhar esse depoimento da Chris, uma das criadoras do Londrix Festival Literário de Londrina cuja história começou em 2005 (https://m.youtube.com/watch?v=Vk3B1GMYwLs&list=PLQgJvn04KXksQ3JolANkFBUNGdZzYYhJV&index=14).
Ao assistir o depoimento da Chris, não pude deixar de vê-la como uma empreendedora cultural. Já tive a oportunidade de dizer que empreender é um ato criativo em que aquele que empreende expressa sua visão de mundo e como quer transformá-lo. Para isso realiza, de forma solitária, às vezes, mas principalmente em colaboração com outros ações e atividades que são guiados por sua visão.
Chris faz isso muito bem. É uma articuladora de pessoas, recursos materiais e financeiros na construção do Londrix. São muitos projetos orientados por um caráter de formação do cidadão por meio desta fantástica arte que é a literatura. Vida longa ao Londrix!