segunda-feira, 3 de março de 2014

Dezenove meses da Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas

Em vinte e sete de fevereiro de 2011 surgiu a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (www.anegepe.org.br). Entre as atividades a que se propôs, coube a mim ser o primeiro editor da Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (www.regepe.org.br). Nesta tarefa contei com o apoio inestimável da amiga Jane Mendes Ferreira no papel de Editora Adjunta. 

Dezessete meses depois de criada a ANEGEPE, em 23 de julho de 2012, conseguimos publicar a primeira edição da REGEPE com seis artigos oriundos de quinze autores da área de empreendedorismo e gestão de pequenas empresas. Decorridos pouco mais de dezenove meses, do lançamento do número pioneiro da REGEPE, ao longo desse período surgiram mais quatro edições. Duas que completaram o primeiro volume de 2012, e mais duas do segundo volume de 2013. Em breve, ainda em março, teremos o número 3 do segundo volume da REGEPE, completando um ciclo de dois anos de edição da REGEPE.

Aproveitando a folga prolongada do Carnaval 2014, decidi fazer uma tabulação dos resultados obtidos até agora com a REGEPE, que na sua primeira avaliação junto ao QUALIS da CAPES foi incluída na categoria B3. Este era o nosso alvo e fomos bem sucedidos em atingi-lo.

As cinco edições da REGEPE que estão disponíveis no sítio da INTERNET contém vinte e sete artigos. Nenhum dos artigos foi trabalho isolado, ou seja, todos eles, têm pelo menos dois autores. A média de autores por artigo aproximou-se de três (2,93). Onze artigos têm dupla autoria, dez foram resultado do esforço de três colaboradores, três contribuições originaram de quatro autores e, também, três foram escritos por cinco autores. No total foram setenta e cinco autores que escolheram a REGEPE como um veículo de divulgação de seus estudos e reflexões na área de empreendedorismo e gestão de pequenas empresas. Desses, apenas quatro autores publicaram dois artigos, os outros foram autores de apenas um artigo. Esse número é, para mim, um indicador da vitalidade da comunidade brasileira de estudos nesse tema.

O sistema de editoração da REGEPE faz um registro automático dos acessos a cada um dos artigos nela publicados. A média de acesso dos artigos disponíveis na REGEPE chegou a 491,50, sendo que o campeão de acessos foi o de autoria de Câmara e Andalécio - CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS: UM ESTUDO DE CASO COM FARMACÊUTICOS UTILIZANDO O MODELO DE MCCLELLAND - com 706 acessos em um período de 12 meses, correspondendo a uma média de 58,8 acessos mensais.

Como a época de publicação de cada edição foi distinta, resolvi olhar para o indicador de acessos mensais como uma medida mais adequada do impacto de cada acesso. Decidi excluir de meus cálculos o número 2 do volume 2 que foi publicado apenas a dois meses atrás. Assim, para os vinte e dois artigos publicados nas quatro primeiras edições da REGEPE, a média de acessos mensais foi de 33,5 e a média de acessos totais foi de 465,5. Em conjunto, esses trabalhos foram acessados 10.240 vezes. Devo confessar que sinto um prazer indescritível em ver que os estudos da comunidade brasileira sobre empreendedorismo e gestão de pequenas empresas puderam ser lidos sem custo algum por tanta gente! Vejo a ANEGEPE exercendo sua função de disseminadora de conhecimento de forma democrática. O único limite, para aqueles que dominam a língua portugesa, é a exclusão digital que ainda é maior do que desejo em nosso país.

Com a publicação do último número de 2013, creio que minha tarefa de edição da REGEPE chegará ao fim. Para mim, foi um privilégio que meus amigos da Diretoria da ANEGEPE me concederam quando confiaram a mim e à Jane a incumbência de editar a REGEPE nos seus momentos iniciais. Este era um sonho antigo, que já em 2001, quando realizamos o II EGEPE em Londrina, tive a oportunidade de compartilhar com muitos colegas e amigos da academia brasileira. Depois de uma década, a ANEGEPE tornou-se uma realidade. Mais um ano depois, surgiu a REGEPE. Que ambas tenham vida longa!

Na tabela seguir os dados de acesso de cada artigo publicado nas cinco edições da REGEPE:

EDIÇÃO
TÍTULO
AUTORES
ACESSOS
ACESSO/MÊS
V1N1
07/2012
EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL EMPREENDEDOR DOS SPIN-OFFS UNIVERSITÁRIOS
2
501
26,37
UMA ABORDAGEM SOBRE O PAPEL DAS REDES PARA PEQUENAS EMPRESAS E SOBRE OS EFEITOS NO APRENDIZADO DE EMPREENDEDORES
2
473
24,89
REPRESENTAÇÕES FEMININAS DA AÇÃO EMPREENDEDORA: UMA ANÁLISE DA TRAJETÓRIA DAS MULHERES NO MUNDO DOS NEGÓCIOS
4
679
35,74
A CRIAÇÃO DE NEGÓCIOS POR EMPREENDEDORES JOVENS: ESTUDO DE CASOS MÚLTIPLOS NO ESTADO DE SERGIPE
2
526
27,68
SEDIMENTANDO AS BASES DE UM CONCEITO: AS COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS
3
647
34,05
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA SUCESSÃO EMPREENDEDORA EM EMPRESAS FAMILIARES: UM ESTUDO MULTICASO
2
495
26,05
V1N2
08/2012
A IDENTIDADE EMPREENDEDORA NO CONTEXTO DE EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
3
326
18,11
PROPOSIÇÃO DE UM NOVO MÉTODO DE SELEÇÃO DE MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA (MPEBT)
3
358
19,89
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL ENTRE 2000 E 2012
5
478
26,56
PRÁTICAS GERENCIAIS DE PEQUENAS EMPRESAS INDUSTRIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
2
406
22,56
O PAPEL CONSTRUTIVO DAS INCUBADORAS NO ALINHAMENTO ESTRATÉGICO E MERCADOLÓGICO DAS EMPRESAS INCUBADAS E GRADUADAS
4
355
19,72
V1N3
02/2013
CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS: UM ESTUDO DE CASO COM FARMACÊUTICOS UTILIZANDO O MODELO DE MCCLELLAND
2
706
58,83
RBV E EMPREENDEDORISMO: PERMUTAÇÕES CONTRIBUTIVAS
3
496
41,33
ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA COMO INDICADOR DO GRAU DE EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO: FATORES QUE CARACTERIZAM OS INTRAEMPREENDEDORES E INFLUENCIAM SUA PERCEPÇÃO.
3
499
41,58
EMPREENDEDORISMO ACADÊMICO NO BRASIL: UMA AVALIAÇÃO DA PROPENSÃO À CRIAÇÃO DE EMPRESAS POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
5
506
42,17
PREVISÃO DE INSOLVÊNCIA EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS UTILIZANDO INDICADORES CONTÁBEIS
2
413
34,42
V2N1
04/2013
AVALIAÇÃO DE COMPETITIVIDADE E GERENCIAMENTO DE DESTINOS TURÍSTICOS: UMA APLICAÇÃO NO SUL DO BRASIL
2
264
26,40
EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL: PROPOSIÇÃO DE UMA TIPOLOGIA E SUGESTÕES DE PESQUISA
5
567
56,70
PERFIL EMPREENDEDOR: ESTUDO SOBRE CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS DE MOTORISTAS FUNCIONÁRIOS, AGREGADOS E AUTÔNOMOS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS.
3
420
42,00
POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: AVALIAÇÃO DO MARCO REGULATÓRIO E SEUS IMPACTOS NOS INDICADORES DE INOVAÇÃO
3
371
37,10
AMBIENTE DE INOVAÇÃO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TRÊS UNIDADES DE UMA ORGANIZAÇÃO DO SETOR METAL-MECÂNICO
2
302
30,20
A PESQUISA SOBRE INOVAÇÃO EM SERVIÇOS NO BRASIL: ESTÁGIO ATUAL, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
4
452
45,20
V2N2
12/2013
COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS EM FRANQUIAS: ESTUDO DE MULTICASOS EM SERGIPE
2
163
81,50
MULHERES EMPREENDEDORAS: COMPREENSÕES DO EMPREENDEDORISMO E DO EXERCÍCIO DO PAPEL DESEMPENHADO POR HOMENS E MULHERES EM ORGANIZAÇÕES
3
159
79,50
INOVAÇÃO SOCIAL E ESTRATÉGIAS PARA A BASE DA PIRÂMIDE: MERCADO POTENCIAL PARA EMPREENDEDORES E PEQUENOS NEGÓCIOS
3
161
80,50
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NA HOTELARIA: A VISÃO DE EMPRESAS DE DISTINTOS PORTES E ENTRE SEUS DIFERENTES NÍVEIS HIERÁRQUICOS
3
122
61,00
IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS CULTURAIS NA AQUISIÇÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR POR UM FUNDO DE PRIVATE EQUITY: UM ESTUDO DE CASO
2
121
60,50

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Reflexões Londrinenses: sobre longevidade

Quatro dias de férias em Londrina. Cheguei na última quinta-feira e parto, logo mais, às 13:50. Amanhã retorno ao trabalho. Nesse fim de férias, além de uma participação em banca de defesa da dissertação de mestrado do Paulo Paganini, orientado pelo amigo Mário Nei Pacagnan da UEL, visito amigos, vou aos sebos atrás de livros de bolso para minha coleção, passeio pelo centro de Londrina, ainda com o calçadão dilacerado, mas segundo notícia de jornal, em breve poderá ser feita licitação para a instalação de novos quiosques. Em frente ao Correio, ainda há destroços da antiga Banca do seu Pedro e da garapeira que refrescou muitas tardes de calor intenso. Aliás, fez falta nesses dias de verão tórrido!

Hospedado em casa de minha mãe, longas conversas (monólogos em que sou o ouvinte, nem sempre atento!) com ela que se aproxima rapidamente dos 88 anos de vida. Serão completados no próximo 22 de março. Longevidade que espero reproduzir. Entre tantas frases e histórias, muitas já contadas em outros momentos, algo novo que me faz gargalhar:

_ Fernando, você sabe que quase todos os médicos que me diagnosticaram já morreram? Já imaginou se falo isso pro doutor Ramon? Ele fica louco!

Entre os passeios, acabo fazendo duas visitas gastronômicas a pequenas empresas longevas também: Pastelaria da Sergipe e Kiberama. A primeira faz a melhor vitamina de abacate, com um pouco de outras  frutas, que já tomei nesses meus cinquenta e seis anos, que deve ser também a idade da Pastelaria Sergipe.  No Kiberama, em que uma placa informa o ano de criação com sendo 1965, a melhor esfirra de carne, servida quentinha, para clientes sentados em bancos que rodeiam um balcão. Continua a mesma desde meus tempos de adolescente, quando ganhei autonomia para andar sozinho pelas ruas londrinenses. Quem passar por Londrina não pode deixar de conhecer. As duas empresas estão localizadas na mesma quadra, uma à Rua Sergipe e a outra à Rua Mato Grosso. Pouco mais de duzentos metros da Concha Acústica e da Catedral de Londrina. Ah, o pastel da Pastelaria Sergipe é imperdível também! Mas, como optei pela esfirra do Kiberama, tomei só a vitamina. Cuidar um pouco da saúde, não faz mal a ninguém!

É claro que não poderia deixar de ir ao cinema nesses quatro dias de férias! Assisti a dois filmes que me fizeram refletir muito: Ninfomaníaca v. 1 de Lars von Trier e A Grande Beleza de Paolo Sorrentino. Lembro do livro de Julio Cabrera, professor de filosofia da UnB, O Cinema Pensa. E com ele eu penso também.

Em A Grande Beleza, um escritor reflete sobre sua vida ao completar 65 anos. No filme de Trier, uma mulher é encontrada caída em um beco por um homem mais velho, muito machucada. Depois de ser levada para a casa deste, ela começa a contar sua vida, justificando porque se julga uma pessoa má. De comum, entre os dois filmes, além da beleza imagética de ambos, em estilos completamente diferentes, a presença de um personagem mais velho, nos contando ou ajudando a ouvir estórias.

Seligman, interpretado por Stellan Skarsgard, é o idoso que resgata Joe vivida por Charlotte Gainsbourg, no filme de Lars von Trier. Duas cenas dele me despertaram reflexões sobre a longevidade, não das pessoas, mas de pequenas empresas. Em determinado momento, logo no começo da narrativa da vida de Joe, este comenta:

_ Se você tem asas, por que não voar?

Um pouco mais tarde, em uma cena um pouco mais longa, Seligman apresenta sua tipologia de pessoas: as que cortam primeiro as unhas da mão direita e as que cortam primeiro as unhas da mão esquerda. Para ele, essa escolha reflete a intenção de lidar com o mais fácil ou o mais difícil primeiro. (Fiquei pensando no caso dos canhotos, mas isso não importa agora!)

Nessas frases vejo consequências ou razões que explicam porque pequenas empresas se tornaram longevas. A longevidade deve estar associada, é uma hipótese minha, à capacidade que os dirigentes de pequenas empresas têm de identificar as asas de seus empreendimentos e fazer pleno uso delas: voar! Por outro lado, muitas vezes a longevidade, pode ser indicador de um caráter permanente na tomada de decisão presente nessas pequenas empresas. Creio que (é uma outra maneira de dizer hipótese), a longevidade dessas pequenas empresas está ligada ao cortar as unhas da mão esquerda primeiro! Fazer o mais difícil, o fácil é resolvido sem muito esforço. Eu ia escrever "o fácil é resolvido facilmente", mas alguém iria me acusar de pleonasmo inútil! Assim, usei "sem muito esforço" facilmente, que é a mesma coisa que facilmente! Mas, pelo menos mantive o estilo e pude brincar com você, leitora ou leitor.

No domingo de manhã, mantendo o ritual com Dona Kilda, vou ler os jornais. Coisa que ela faz diariamente, logo após o café-da-manhã. No Jornal de Londrina, vejo uma reportagem, de Tatiane Salvatico que informa sobre a proposta do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina sobre a volta de quisoques em três pontos do calçadão de Londrina (http://www.jornaldelondrina.com.br/cidades/conteudo.phtml?tl=1&id=1447338&tit=Ippul-propoe-volta-de-quiosques-em-tres-pontos-do-calcadao). Na mesma reportagem, há notícia de uma pequena empresa distribuidora de jornais e revistas que durou vinte e um anos, mas que praticamente se extinguiu quando houve a decisão da prefeitura na gestão de Barbosa Neto de retirar bancas e quiosques do calçadão e das ruas londrinenses.

Esta história é um pequeno exemplo de que, muitas vezes, não basta usar as asas para voar ou cortar primeiro as unhas da mão esquerda. Há momentos, na vida das pequenas empresas, que o seu destino é ditado de fora.

Assim, vou concluindo essas reflexões londrinenses nesta manhã de segunda, um pouco mais fresca do que os dias da semana passada. Escrevo esse post em uma lan-house na rua Piauí próxima ao prédio onde mora Dona Kilda. A Odissey, além de lan-house é também um estacionamento: dez vagas para carros e quinze computadores. Converso com um dos proprietários que me informa que estão há dez anos nesse local. Primeiro como estacionamento, a lan-house foi incorporada à empresa cinco anos depois. Na pequena empresa é possível ver a estratégia de diversificação. Pergunto por que fizeram isso. A resposta é na linha da asa para voar! Perceberam que havia demanda para esse tipo de serviço e resolveram utilizar as instalações de uma casa nos fundos do estacionamento. Será que se tornará uma pequena empresa longeva?

Meus conhecimento não me permitem arriscar uma resposta para essa última pergunta. Mas, ao menos o nome é o mesmo do poema épico atribuído a Homero. Está conosco há mais de 2.000 anos. Pode ser uma pista. O que inspirou o nome da empresa? Também não sei. Pode ter sido a Odisséia de Homero, ou pode ter sido algo mais prosaico como uma série de jogos eletrônicos! Aliás, aprendi a não fazer suposições apressadas com a Sara desde que, em Maringá, certa vez, ao indagar o nome de um jovem que me atendia em uma livraria, este respondeu:

_ Sócrates.

_ Que legal, como o filósofo. Eu comentei.

Sara prontamente respondeu:

_ Pela idade dele, deve ter sido uma homenagem que o pai fez ao jogador do Corinthians!

Sábias palavras da Sara. As mulheres tem uma capacidade impressionante de me trazer de volta à realidade!




domingo, 9 de fevereiro de 2014

NATIVOS E FORASTEIROS 2: Publicações mais citadas no campo de Pequenas Empresas

Já que ontem fiz o levantamento das publicações mais citadas no campo do empreendedorismo, hoje decidi fazer uma busca semelhante para os estudos sobre pequenas empresas.

As buscas foram realizadas no Google Acadêmico usando as seguintes palavras-chave: pequena empresa ou pequenas empresas; pequeno negócio ou pequenos negócios; small firm ou small firms; small business ou small businesses.

Os resultados foram muito semelhantes ao obtido com as publicações de empreendedorismo. Não há nativos entre as publicações estrangeiras, mas há estrangeiros entre as publicações nativas. Vamos aos números?

As vinte referências mais citadas em língua portuguesa tiveram uma média de 143,3 citações com um desvio padrão de 104,5. A publicação com maior número de citações (420) é um artigo do Professor Filion (um estrangeiro) de 1999 publicado na Revista de Administração da Universidade de São Paulo. Este artigo também está na lista de publicações sobre empreendedorismo. O livro desse escriba - publicado em 2000 - O Estrategista na Pequena Empresa, obteve 68 citações ficando em 20º. Lugar.

Uma diferença interessante na composição desse conjunto de trabalhos mais citados surgiu em relação ao campo de empreendedorismo. Em pequenas empresas, há mais artigos (9) do que livros (8), sendo completada a lista com dois capítulos e uma dissertação.

Mais duas observações sobre essa lista. Em primeiro lugar, Os dois capítulos que constam na lista são de um livro que também está entre as 20 referências com maior número de citações - Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local de Lastres, Cassiolato e Maciel. Além disso, há nessa relação um texto introdutório a uma edição da Revista de Administração Mackenzie, de minha amiga Hilka Machado, com 111 citações. Aliás, ontem passei batido nessa referência, pois essa Introdução deveria constar na tabela de referências mais citadas em empreendedorismo. Ela ocuparia a 20ª. colocação, ocupando o lugar do livro de R. Compans. O quadro a seguir apresenta os dados coletados:

Publicação
Autor
Tipo
Ano
Citações
Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios
LJ Filion
Artigo
1999
420
Administração de pequenas empresas
JG Logenecker
Livro
2004
407
 O foco em arranjos produtivos e inovativos locais de micro e pequenas empresas
JE Cassiolato, HMM Lastres
Capítulo
2003
283
Redes de cooperação produtiva: uma estratégia de competitividade e sobrevivência para pequenas e médias empresas
MEL Olave, JA Neto
Artigo
2001
163
 Uma caracterização de arranjos produtivos locais de micro e pequenas empresas
JE Cassiolato, M Szapiro
Capítulo
2003
146
Diferenças entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de pequenos negócios
LJ Filion
Artigo
1999
130
Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local
HMM Lastres, JE Cassiolato, ML Maciel
Livro
2003
139
Plano de marketing para micro e pequena empresa
AL Las Casas
Livro
1999
135
A bíblia da pequena empresa: como iniciar com segurança sua pequena empresa e ser muito bem sucedido
P Resnik, MCO Santos
Livro
1990
114
Introdução
HPV Machado
Artigo
2008
111
Eficiência coletiva: caminho de crescimento para a indústria de pequeno porte
H Schmitz
Artigo
1997
101
A grande importância da pequena empresa
S Solomon
Livro
1986
103
Desenvolvimento local eo papel das pequenas e médias empresas: experiências brasileiras e canadenses
DP Martinelli, A Joyal
Livro
2004
85
Responsabilidade social em pequenas e médias empresas
JA de Oliveira
Artigo
1984
84
Estratégia em pequenas empresas: uma aplicação do modelo de Miles e Snow
FAP Gimenez, C Pelisson, EGS Krüger
Artigo
1999
83
Planejamento estratégico como ferramenta de competitividade na pequena empresa: desenvolvimento e avaliação de um roteiro prático para o processo
ACF Terence
Dissertação
2002
78
Pequena empresa no Brasil
A Gonçalves, SO Koprowski 
Livro
1995
75
 As empresas de pequeno porte ea contabilidade
S Kassai
Artigo
1997
72
 Sistemas integrados de gestão ERP em pequenas empresas: um confronto entre o referencial teórico ea prática empresarial
JV Mendes, E Escrivão Filho
Artigo
2002
69
O estrategista na pequena empresa
FAP Gimenez
Livro
2000
68

Quanto às referências dos estrangeiros, a diferença na média de citações foi mais acentuada do que em relação ao campo do empreendedorismo. No caso das publicações sobre pequenas empresas a média das citações dos vinte textos foi de 1.711,17, praticamente 12 vezes maior do que a média das citações dos textos dos nativos. O desvio-padrão foi de 855,5.

A natureza das publicações é dominada por artigos (17), completados por dois livros e um relatório de um organismo multi-governamental. Os dados estão no quadro seguinte:

Publicação
Autor
Tipo
Ano
Citações
Understanding the small business sector
DJ Storey
Livro
1994
4059
The benefits of lending relationships: Evidence from small business data
MA Petersen, RG Rajan
Artigo
1994
3289
Strategic management of small firms in hostile and benign environments
JG Covin, DP Slevin
Artigo
1989
2573
Relationship lending and lines of credit in small firm finance
AN Berger, GF Udell
Artigo
1995
2334
The economics of small business finance: The roles of private equity and debt markets in the financial growth cycle
AN Berger, GF Udell 
Artigo
1998
2091
Innovation And Small Firms
ZJ Acs, DB Audretsch
Livro
1990
2002
Report on the Implementation of the European Charter for Small Enterprises: Communication from the Commission to the Council and the European
European Commission. Enterprise DG
Relatório
2005
1943
The five stages of small business growth
VL Lewis, NC Churchill
Artigo
1983
1803
Monetary policy, business cycles, and the behavior of small manufacturing firms
M Gertler, S Gilchrist
Artigo
1994
1762
Innovation in large and small firms: an empirical analysis
ZJ Acs, DB Audretsch
Artigo
1988
1697
Differentiating entrepreneurs from small business owners: A conceptualization
JW Carland, F Hoy, WR Boulton
Artigo
1984
1428
Larger board size and decreasing firm value in small firms
T Eisenberg, S Sundgren
Artigo
1998
1237
Small business credit availability and relationship lending: The importance of bank organisational structure
AN Berger, GF Udell
Artigo
2002
1202
Personal computing acceptance factors in small firms: a structural equation model
M Igbaria, N Zinatelli, P Cragg, ALM Cavaye
Artigo
1997
1183
Does distance still matter? The information revolution in small business lending
MA Petersen, RG Rajan
Artigo
2002
1089
Entrepreneur human capital inputs and small business longevity
T Bates 
Artigo
1990
1050
R & D and internal finance: A panel study of small firms in high-tech industries
CP Himmelberg, BC Petersen
Artigo
1994
898
An integrated model of information systems adoption in small businesses
JYL Thong
Artigo
1999
883
Entrepreneurial orientation and small business performance: a configurational approach
J Wiklund, D Shepherd
Artigo
2005
873
A small business is not a little big business
JA Welsh, JF White
Artigo
1981
839