Três e meia da tarde. No auditório do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, a oportunidade de ouvir Newton C. A. Costa, ex-professor da UFPR, criador da Lógica Paraconsistente. Esta lógica fundamenta inúmeras aplicações na engenharia, computação, robótica e linguística, entre outros.
A palestra foi organizada pelo curso de Ciência da Computação.
O título do primeiro slide me assusta: A matemática na Polônia.
Não sei nada além da aritmética trivial do nosso dia a dia.
Após a introdução por um professor e agradecimentos iniciais, esse brilhante lógico diz:
_ Eu quero contar pra vocês sobre a beleza que aconteceu com a Matemática na Polônia.
Pronto! Ganhou minha atenção. Eu, que vivo buscando a beleza no conhecimento, fiquei curioso.
E o professor Newton narrou uma história belíssima. A história de três jovens matemáticos que, ao final da primeira guerra mundial, resolveram implantar um plano de transformar a Polônia em um dos centros de estudos da Matemática mais importantes do mundo.
Os nomes deles não consegui guardar. Muito dificéis para meu parco polonês! O plano passou pela criação de três universidades, esquemas de identificação de jovens talentos no ensino médio apoiados por bolsas de estudos, foco em áreas da matemática pouco dominadas ou valorizadas pelos outros centros na época (Alemanha, Inglaterra e União Soviética) e criação de um periódico próprio para disseminação de seus estudos.
Nas palavras do Professor Newton:
_ A Polônia saiu do zero para se tornar uma grande potência no campo. De menos infinito a mais infinito!
Uma bela história de empreendedorismo na academia! E uma forma surpreendente de encerrar uma semana de muito estudo sobre o empreendedorismo.
Continuo nessa busca pela beleza do conhecimento. De vez em quando tropeço nela.
Este blog é de autoria de Fernando Antonio Prado Gimenez. Destina-se a textos, reflexões, memórias e comentários sobre empreendedorismo e pequenas empresas.
sexta-feira, 4 de março de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Capacidades Supercalifragilisticexpialidocious: Mary Poppins e a quase mágica da Administração
Lendo uma dissertação que será defendida brevemente no PPGADM, comecei a refletir e entrei em um looping aparentemente infinito:
Vantagens competitivas precisam ser constantemente renovadas.
Para isso, os administradores precisam desenvolver capacidades dinâmicas.
Mas, para desenvolver capacidades dinâmicas são necessárias capacidades distintas, as superdinâmicas.
Para construir capacidades superdinâmicas são utilizadas as capacidades ultradinâmicas.
Por sua vez, para desenvolver capacidades ultradinâmicas, creio que os administradores precisam das capacidades hiperdinâmicas.
Mas, como desenvolver capacidades hiperdinâmicas? Óbvio! Pela aplicação de capacidades megadinâmicas.
As capacidades megadinâmicas se tornam reais quando os administradores fazem uso das capacidades macrodinâmicas.
Mas, estas só existirão se os administradores conseguirem criá-las pela aplicação de capacidades gigadinâmicas.
E as gigadinâmicas como surgem? Pelo uso das capacidades megablasterdinâmicas.
E por aí vai... Até que os administradores precisem pedir ajuda a Mary Poppins com as capacidades supercalifragilisticexpialidocious. Afinal de contas a Administração é quase uma mágica! Vocês não imaginam o que é possível fazer com um piscar de olhos.
A propósito, a dissertação está muito boa. Estou quase chegando ao fim. Leitura prazerosa e útil! Sempre aprendo com as dissertações que leio.
De vez em quando, até divago!
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
O sexto P do empreendedorismo: Prazer
Há dias
estou com uma ideia na cabeça. Ao ouvir uma frase dita por uma
personagem de seriado na televisão brasileira que dissera fazer algo
por prazer e não por necessidade, imediatamente lembrei-me da
oposição necessidade x oportunidade no empreendedorismo. Foi o
momento da inspiração em que surgiu a possibilidade de juntar
empreendedorismo com prazer. Mas, não avancei na ideia naquele
momento.
Ontem ao
final da tarde, fui ao Café da Praia na Prainha em São Francisco do
Sul. Passando alguns dias de férias na companhia de Sara, sua mãe,
Dona Aparecida, e suas irmãs, Nezilda e Marinelva, saímos em busca
de um café e nos dirigimos à Prainha. Já havíamos visto o Café
da Praia outro dia pela manhã, quando estava fechado. Decidimos
experimentar o lugar.
O Café
da Praia fica em um conjunto de pequenos empreendimentos em uma
esquina. De um lado, há um restaurante especializado em tacos,
nachos e burritos. No outro, uma loja de artesanatos. Depois de nos
acomodarmos, esperamos algum tempo pelo nosso pedido. Houve uma certa
demora na elaboração dele, mas em férias, ninguém tem pressa.
Depois de algum tempo, minhas companheiras de viagem resolveram
entrar na loja de artesanato. Eu fui pagar a conta. Depois caminhei
um pouco pela pequena orla da Prainha. Sabia que a visista à loja de
artesanato não seria de curta duração!
Como o
movimento estava mais tranquilo, ao pagar a conta, perguntei a
Fernanda desde quando o Café da Praia existia. Fernanda é uma das
proprietárias e minutos antes estivera em nossa mesa perguntando
sobre como tinha sido a experiência de consumo. Em especial, queria
saber se havíamos apreciado o Café da Casa, uma criação dela
feita com um tipo de café originário de Minas Gerais, com creme,
canela e temperado, também, com cardamomo. Se apresentou e pediu
desculpas pela demora. Em uma breve conversa com ela e o companheiro,
cujo nome não guardei, descobri que o Café da Praia foi aberto em
18 de dezembro passado. Portanto, ainda não tem um mês de
existência.
A ideia
surgiu a partir da prática de Fernanda e seus familiares de fazerem
tortas, salgados e doces que os amigos gostam muito. Em um mês, os
dois e mais uma sócia aproveitaram a disponibilidade do espaço para
alugar e resolveram criar o Café da Praia. Os dois são formados na
área da Bilogia. Ela tem mestrado e ele doutorado em Oceanografia. A
terceira sócia não conheci. Ao indagar sobre a continuidade das
atividades no campo da biologia, ele me respondeu que Fernanda se
dedicará integralmente ao Café da Praia junto com a outra sócia
que não conheci, enquanto que ele manterá suas atividades
profissionais.
Para quem
estuda empreendedorismo, esta é uma história comum. Alguém que
sabe fazer algo muito bem, resolve ofertar os resultados de sua
prática em alguma forma de empreendimento. Mas, nessa breve conversa
que tive com esses jovens empreendedores, uma frase de Fernanda me
fez pensar na questão do prazer no empreender. Ao final da conversa,
ela disse, não exatamente com essas palavras, algo assim:
_ Nós
não colocamos muitas mesas no espaço externo, pois sabemos que
ainda temos uma capacidade de atendimento limitada. Gosto de passar
pelas mesas e conversar com os clientes.
Essa
frase junto com a maneira com que Fernanda nos abordou em nossa mesa
e a descrição que fez do Café da Casa, curiosa em saber nossa
reação, me dizem que há no empreender um sexto P que não me
ocorreu quando escrevei, neste mesmo Blog, o post sobre os Cinco Ps
do Empreendedorismo. Estes passam agora a ser seis.
Na
prática do empreendedorismo há uma fruição do prazer que se
origina de muitas possibilidades. Entre elas, há sem dúvida, o
prazer de fazer algo de que se gosta e que agrada a outras pessoas.
Outra forma de prazer tem a ver com a noção de que a pessoa que
empreende é motivada pelos resultados que obtém. Como bem disse
McClelland, resultado não é apenas uma questão de dinheiro, embora
esta seja a forma mais objetiva de mensurar resultados em um
empreendimento comercial. Fernanda, ao buscar nossa impressão,
estava na verdade em busca da confirmação de que o que fizera com
prazer proporcionara prazer a outros. Se pensarmos bem, esta é uma
das motivações principais que levam as pessoas a empreenderem. Em
muitas conversas com mulheres e homens que empreendem observo a
satisfação com que falam sobre seus empreendimentos. Ora, para mim,
satisfação é uma decorrência do prazer. Não se fica satisfeito
se não existe o prazer.
Concorda
comigo?
De
qualquer forma, concordando ou não, se algum dia passar pela Prainha
em São Francisco do Sul, não deixe de conhecer o Café da Praia e
saborear o Café da Casa. Caso queira conhecer virtualmente o Café
da Praia veja a página deles no Facebook
(https://www.facebook.com/cafedapraiaprainha).
Saboreie o café, aprecie a paisagem e reflita. Sobre o que quiser,
até mesmo sobre o prazer no empreender, o sexto P do
empreendedorismo.
domingo, 25 de outubro de 2015
SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO COMO FATORES DE ADMIRAÇÃO DAS EMPRESAS NO BRASIL
Em 2012 e 2013, fiz uma análise sobre a aderência
das empresas mais admiradas no Brasil aos princípios do desenvolvimento
sustentável. Para fazer isso, tomei como
base as edições das Empresas Mais Admiradas do Brasil, números 15 e 16, edições
especiais da Revista Carta Capital. No ano passado, não fiz esta análise, pois
não tive acesso à edição de número 17. Hoje consegui acessar a edição com os
dados de 2014. Mas, na análise desse ano, resolvi comentar sobre a questão da
inovação, além da sustentabilidade. Muito se fala que a inovação é um aspecto central
da competitividade das empresas nos dias de hoje. Como será que esta noção se
compara com outros aspectos da gestão que levam empresas a serem admiradas no
Brasil? E a sustentabilidade? Vamos ver o que nos dizem os números de 2014.
Nessa publicação, as empresas são classificadas
segundo a percepção de mais de 1.200 executivos a respeito de sua aderência a
treze fatores-chave. Os dados referentes a 2014 cobrem 44 ramos de atividade
empresarial que estão agrupados em dez grupos setoriais, como pode ser visto
abaixo. Na publicação há menção a um setor denominado Webworld, mas não são
apresentados dados sobre os fatores-chaves nas atividades empresariais que
compõem este setor, assim ele não foi incluído no quadro.
Setor
|
Atividade
|
Financeiro
|
Bancos de Varejo
|
Bancos Corporate
|
|
Cartões de Crédito Emissores e Bandeiras
|
|
Previdência Privada
|
|
Seguradoras
|
|
Serviços Empresariais
|
Agências de Publicidade
|
Auditorias
|
|
Consultorias
|
|
Cias. Aéreas
|
|
Fornecedores de Energia
|
|
Logística
|
|
Contact Centers
|
|
Planos de Saúde Empresarial
|
|
Redes de Hotéis
|
|
Tecnologia
|
Hardware
|
Software
|
|
Telecomunicações
|
Operadoras de Telefonia Fixa
|
Operadoras de Telefonia Móvel
|
|
Automotivo
|
Montadoras e Importadoras de Automóveis
|
Montadoras e Importadoras de Caminhões
|
|
Química e Petroquímica
|
Farmacêutico
|
Papel e Celulose
|
|
Petroquímica
|
|
Química
|
|
Construção
|
Construtoras e Incorporadoras
|
Construção Pesada
|
|
Redes de Varejo
|
Distribuidores de Combustíveis ou Derivados de
Petróleo
|
Eletroeletrônicos
|
|
Fast-food
|
|
Material de Construção
|
|
Supermercados
|
|
Têxtil
|
|
Redes de Farmácias
|
|
Bens de Consumo Não
Duráveis
|
Alimentos
|
Artigos Esportivos
|
|
Bébidas Alcoólicas
|
|
Bebidas Não alcoólicas
|
|
Calçados
|
|
Higiene e Limpeza Doméstica
|
|
Higiene, Perfumaria e Cosméticos
|
|
Vestuário e Confecção
|
|
Bens de Consumo
Duráveis e Semiduráveis
|
Eletrodomésticos
|
Eletroeletrônicos
|
|
Fiação e Tecelagem
|
Para computar a importância relativa dos
fatores-chave utilizados na pesquisa, fiz um cálculo atribuindo uma pontuação
para a posição de cada um dos fatores-chave em relação aos demais para cada um
dos setores. Assim, o fator-chave melhor avaliado em um setor, recebeu 13
pontos, o segundo 12 pontos, e assim por diante, até chegar ao último que recebeu
um ponto. Quando houve empates, os pontos das posições empatadas eram atribuídos
pelo valor médio a cada fator. Por exemplo, se dois fatores empatassem em
primeiro lugar, cada um receberia 12,5 ponto, i. e., a média de 13 pontos da
primeira posição mais 12 pontos da segunda posição. Dessa forma, como pode ser
visto no próximo quadro, o fator-chave ética voltou à primeira posição que já
ocupara em 2012. A inovação que estava em primeiro lugar em 2012, ficou em
segundo em 2013, atingindo a quinta posição em 2014. Todavia, os cinco
primeiros fatores-chave de admiração das empresas no Brasil se repetem ao longo
desses três anos, se alternando entre as diferentes posições: Ética, Qualidade
de produtos e serviços, Respeito pelo consumidor, Solidez financeira e
inovação.
ORDEM
|
2012
|
2013
|
3014
|
1º.
|
Ética
|
Qualidade de produtos e serviços
|
Ética
|
2º.
|
Inovação
|
Respeito pelo consumidor
|
Qualidade de produtos e serviços
|
3º.
|
Qualidade de produtos e serviços
|
Ética
|
Respeito pelo consumidor
|
4º.
|
Respeito pelo consumidor
|
Inovação
|
Solidez financeira
|
5º.
|
Solidez financeira
|
Solidez financeira
|
Inovação
|
6º.
|
Qualidade de gestão
|
Qualidade de gestão
|
Qualidade de gestão
|
7º.
|
Compromisso com desenvolvimento sustentável
|
Compromisso com RH
|
Notoriedade
|
8º.
|
Compromisso com RH
|
Compromisso com desenvolvimento sustentável
|
Compromisso com RH
|
9º.
|
Responsabilidade social
|
Notoriedade
|
Compromisso com desenvolvimento sustentável
|
10º.
|
Notoriedade
|
Responsabilidade social
|
Compromisso com o país
|
11º.
|
Capacidade de competir globalmente
|
Compromisso com o país
|
Responsabilidade social
|
12º.
|
Compromisso com o país
|
Capacidade de competir globalmente
|
Capacidade de competir globalmente
|
13º.
|
A mais ativa/presente nas redes sociais
|
A mais ativa/presente nas redes sociais
|
Ativa/presente nas redes sociais
|
Em 2014, manteve-se a distância entre ética e
outros fatores-chave que indicam uma preocupação com os interesses mais amplos
da sociedade: Compromisso com desenvolvimento sustentável (nona posição), Compromisso
com o país (décima posição) e Responsabilidade social (décima primeira posição).
Uma distância que vem crescendo a cada ano. Assim, mais uma vez repeti o procedimento
de agrupar os fatores-chaves por sua natureza em três conjuntos distintos: forma
de competição no mercado (Posicionamento Competitivo), capacidade de competição
(Competências e Recursos) e compromisso com a sustentabilidade da nossa
sociedade (Sustentabilidade da Sociedade). A presença em redes sociais foi
excluída da análise por se fazer presente em apenas 16 setores, e, como nos
anos anteriores, frequentemente nas últimas posições. No próximo quadro pode-se
observar como ficou a contribuição de cada grupo de fatores-chave para a
admiração da atuação empresarial no Brasil. Preservei os dados de 2012 e 2013,
para que fosse possível identificar alguma tendência nesses dados.
Grupo
|
Fator-chave
|
2012
|
2013
|
2014
|
|||
Pontos
|
%
|
Pontos
|
%
|
Pontos
|
%
|
||
Posicionamento Competitivo
|
Qualidade de Produtos e Serviços
|
452,0
|
37,1
|
497,5
|
38,4
|
463,5
|
37,1
|
Respeito pelo Consumidor
|
487,0
|
490,5
|
440,0
|
||||
Inovação
|
483,0
|
420,5
|
364,0
|
||||
Capacidade de Competir Globalmente
|
118,0
|
164,5
|
138,0
|
||||
Competências e Recursos
|
Solidez Financeira
|
411,5
|
31,7
|
366,5
|
32,3
|
389,5
|
33,9
|
Qualidade de Gestão
|
364,0
|
359,0
|
348,0
|
||||
Compromisso com RH
|
301,0
|
322,5
|
243,5
|
||||
Notoriedade
|
240,0
|
273,0
|
305,5
|
||||
Sustentabilidade da Sociedade
|
Ética
|
546,0
|
31,5
|
455,0
|
29,3
|
494,0
|
29,0
|
Compromisso com Desenvolvimento Sustentável
|
335,0
|
301,5
|
231,5
|
||||
Responsabilidade Social
|
282,0
|
247,0
|
175,5
|
||||
Compromisso com o País
|
143,0
|
196,0
|
196,5
|
Pois é meu caro leitor e cara leitora, mais uma
vez, as ações voltadas para a sustentabilidade da sociedade são as que
contribuem menos para que as empresas sejam admiradas no Brasil. A cada ano, a
contribuição desse conjunto de fatores-chave cai um pouco, De 31,5% em 2012,
chegamos a 29,0% em 2014. O que será que os números de 2015 nos dirão. Será que
a tão comentada crise, acentuará essa tendência?
Mas, além da questão da sustentabilidade, resolvi
olhar para alguns dados relativos à inovação. Apesar do discurso dominante,
tanto na literatura acadêmica, quanto na imprensa dedicada aos negócios, que
trata a inovação como um aspecto central para o sucesso das empresas, já vimos
que esta ficou em quinto lugar no cômputo geral. Para apenas sete atividades
empresariais, a inovação foi apontada como o fator-chave mais importante na
admiração das empresas. Estas atividades foram: Agências de Publicidade do
Setor de Serviços Empresariais; Hardware e Software do Setor de Tecnologia;
Montadoras e Importadoras de Automóveis do Setor Automotivo; e Eletrodomésticos
do Setor de Bens duráveis e Não duráveis.
Por outro lado, encontrei um conjunto de oito
atividades em que a inovação esteve classificada entre os cinco fatores-chave
menos importantes: Consultoria e Logística do Setor de Serviços Empresariais; Operadoras
de Telefonia Móvel do Setor de Telecomunicações; Construtoras e Incorporadoras
do Setor de Construção; Bebidas alcoólicas e Bebidas não alcoólicas do Setor de
Alimentos; Bancos de varejo do Setor financeiro; e supermercados no setor de
redes de varejos.
Estes resultados, embora possam parecer
surpreendentes, chamam a atenção, pelo fato de evidenciarem que esse discurso
sobre a importância da inovação para o sucesso empresarial, pelo menos no que
diz respeito à admiração das empresas pelos executivos do mercado, não é tão
preciso. Parece que é possível ser bem sucedido sem ser inovador! Confira os
números abaixo.
Setor
|
Atividade
|
Inovação*
|
Financeiro
|
Bancos de Varejo
|
3
|
Bancos Corporate
|
7
|
|
Cartões de Crédito Emissores e
Bandeiras
|
6
|
|
Previdência Privada
|
6,5
|
|
Seguradoras
|
7,5
|
|
Serviços
Empresariais
|
Agências de Publicidade
|
13
|
Auditorias
|
8
|
|
Consultorias
|
5,5
|
|
Cias. Aéreas
|
11
|
|
Fornecedores de Energia
|
8
|
|
Logística
|
4,5
|
|
Contact Centers
|
8
|
|
Planos de Saúde Empresarial
|
8
|
|
Redes de Hotéis
|
6
|
|
Tecnologia
|
Hardware
|
13
|
Software
|
13
|
|
Telecomunicações
|
Operadoras de Telefonia Fixa
|
8
|
Operadoras de Telefonia Móvel
|
4,5
|
|
Automotivo
|
Montadoras e Importadoras de
Automóveis
|
13
|
Montadoras e Importadoras de
Caminhões
|
9
|
|
Química
e Petroquímica
|
Farmacêutico
|
11
|
Papel e Celulose
|
7,5
|
|
Petroquímica
|
13
|
|
Química
|
11
|
|
Construção
|
Construtoras e Incorporadoras
|
4
|
Construção Pesada
|
8
|
|
Redes de
Varejo
|
Distribuidores de Cobustíveis ou
Derivados de Petróleo
|
9,5
|
Eletroeletrônicos
|
7
|
|
Fast-food
|
7
|
|
Material de Construção
|
11,5
|
|
Supermercados
|
0
|
|
Têxtil
|
6,5
|
|
Redes de Farmácias
|
6,5
|
|
Bens de
Consumo Não Duráveis
|
Alimentos
|
9
|
Artigos Esportivos
|
11
|
|
Bébidas Alcoólicas
|
4
|
|
Bebidas Não alcoólicas
|
0
|
|
Calçados
|
8
|
|
Higiene e Limpeza Doméstica
|
12
|
|
Higiene, Perfumaria e Cosméticos
|
13
|
|
Vestuário e Confecção
|
9
|
|
Bens de
Consumo Duráveis e Semiduráveis
|
Eletrodomésticos
|
13
|
Eletroeletrônicos
|
11
|
|
Fiação e Tecelagem
|
9
|
* Os número referem-se à pontuação referente à
posição do fator-chave na atividade empresarial (0 = nâo presente; 1 = 13ª. Posição,
até 13 = 1ª. Posição)
E assim, vamos nos surpreendendo (ou não) com os
motivos que levam as empresas a serem admiradas no Brasil. O desejo de que a
preocupação com um mundo sustentável fosse mais importante fica cada vez mais
distante do que é feito. E a inovação, apesar do discurso, parece que não é tão
importante. Nada como um choque de realidade de vez em quando!
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