sábado, 6 de maio de 2017

Empreendedorismo no campo do cinema

Meu blog andou meio abandonado nos últimos dois meses. Estive envolvido na preparação de um livro que tomou forma e será publicado ainda nesse mês. Enquanto isso, continuo minhas leituras sobre empreendedorismo, mas também sobre cinema. De vez em quando os temas se encontram.
Nesse final de tarde um pouco fria nesse outono curitibano, fui ler um texto sobre cinema e me deparei com um caso de empreendedorismo no cinema brasileiro.
Um texto muito agradável de ler em que o Professor Tunico Amancio da Universidade Federal Fluminense relata como descobriu e conta a história de Cícero Filho, jovem cineasta do Piauí. O próprio Amancio denomina este jovem de diretor/empreendedor. Uma história bacana de sucesso local, por meio de um esforço empreendedor de alguém que além de querer representar seu mundo por meio da arte, tenta também torná-la um empreendimento viável. 
Para isto, como conta o Professor Amâncio em seu texto, Cícero Filho faz uso de seu capital de relações sociais em "um empreendimento familiar, encabeçado por ele, envolvendo os pais e os irmãos, em suas horas de folga" (p. 49) e, mais à frente, "definitivamente, é na disponibilização do produto diretamente a seus consumidores que a estratégia de Cícero parece mais exitosa. Isso contece pela via direta, através das sessões e caravanas organizadas pelo interior dos Estados do Piauí e do Maranhão, e também por conta do frenesi provocado pela intensa pirataria que envolveu o seu produto mais conhecido" (p. 50).
Vale a pena ler o texto do Professor Tunico Amâncio em http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/71138.
Nada como uma boa história empreendedora para retomar esses escritos. Já estava com saudades desse blog. 

Referência:
Amancio, Tunico O mundo como vontade de representação... no Piauí. Significação, v. 39, n. 38, p. 40-53, 2012.

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