Nesta diversidade de negócios, há alguns que tenho frequentado com maior frequência. A padaria "Senhores do Pão" bem ao lado do prédio é uma delas. O mercado Gregolin, a farmácia Jardim Botânico, e a Maketo Produtos Orientais, que estão do outro lado do prédio, na Agamenom Magalhães, quase de frente para o Jardim Botânico, também têm visto a cor do meu dinheiro, ou melhor, do meu cartão de crédito.
Aliás, a Maketo é um caso a parte, pois tem também serviços de copiadora, além do comércio. Por enquanto usei apenas o serviço. Porém, estou devendo uma visita ao Maketo para comprar tofu. Em uma das minhas visitas recentes, perguntei se tinha e o jovem atencioso que me atendeu, dusse que estava sem, mas receberia um novo estoque em dois dias. Me esqueci de retornar na manhã de quarta-feira como ele sugeriu.
Eu acho muito bacana ver pequenas empresas diversificando seus negócios. Pode ser uma estratégia muito boa de sobrevivência e permanência no mercado. São ações que aproveitam alguma lacuna nos negócios da vizinhança, caracterizando uma espécie de loja de conveniência.
Mas devo confessar que duas dessas pequenas empresas já me têm como freguês quase cativo. A primeira é a que chamo de "quitanda" por ofertar frutas, verduras e legumes. É o Armazém Botânico. Na verdade, a oferta de produtos deles é mais ampla, tipica de um pequeno armazém mesmo. Bem diversificada. Mas, como da primeira vez que lá estive, fui atraído pelas frutas e verduras expostas do lado de fora, eu a chamo de quitanda. Os atuais donos são Críssia e Lucinaldo, um casal que tomou conhecimento da intenção do dono anterior de vender o negócio que era, principalmente, uma loja de produtos naturais. Aproveitaram a oportunidade e estão no bairro há quatro meses. Fiquei sabendo disso hoje pela manhã quando lá estive. Lucinaldo e Críssia têm talento e dom para o comércio que enxergo na forma simpática e atenciosa com que me recebem.
Ao menos duas vezes por semana, vou comprar algo com eles. Outro dia, depois que paguei a compra lembrei que havia esquecido de comprar alho. Perguntei a Críssia se tinha e com a resposta positiva peguei apenas uma cabeça de alho pois estava com pouco dinheiro na carteira e não queria usar o cartão novamente. Críssia não quis me cobrar pelo alho. Gentilmente me falou:
_ Pode levar. Não precisa pagar. Já está pago!
Sabe conquistar um cliente, não acha?
O açougue Touros é a outra pequena empresa da qual me tornei freguês. Da primeira vez que fui comprar lá, estava voltando do Armazém Botânico que fica muito próximo. Era um sábado e, além das carnes e outros produtos típicos de açougue, e alguns de mercearia, havia uma churrasqueira exalando um aroma delicioso de assados. Comentei com o açougueiro que era novo no bairro e tinha passado pela "quitanda". Ele perguntou se eu me referia ao armazém. Com minha confirmação, ele me disse:
_ É do meu irmão e de minha cunhada.
Nesse dia, comprei um pedaço de pernil de porco e algumas latinhas de cerveja da Amstel. Na saída perguntei o nome do açougueiro. Cilso foi a resposta. Não pense que digitei errado, você que me lê. O próprio me alertou:
_ Não é Celso, é Cilso.
Outro dia, quando fui comprar um assado preparado pelo Cilso, peguei mais algumas latinhas da Amstel e perguntei o preço. Ao ouvir a resposta do Cilso, comentei:
_ Já subiu o preço? Parece que na semana passada estava mais barato.
Ao que Cilso me respondeu:
_ Não. É o mesmo preço.
E, em seguida, completou:
_ Mas, vou lhe dar um desconto de cinquenta centavos em cada latinha.
Mais um que sabe cativar o freguês! Concorda comigo?
Então, Críssia, Lucinaldo e Cilso, além de terem nomes pouco comuns, compartilham algo que me faz ser freguês de pequenas empresas: a simpatia, a atenção, e o bom humor no atendimento.
Afinal, tanto Lucinaldo e Cilso brincaram quando lhes perguntei o nome, após me apresentar:
_ Meu pai tinha um gosto diferente por nomes, disse Cilso sorrindo.
E, Lucinaldo comentou em outra ocasião:
_ Filho caçula sofre! Fica com o nome mais estranho.
E Críssia completou:
_ Mas, o meu é o mais estranho, não acha?
E eu saí da "quitanda" sorrindo com as compras da manhã de sábado.
Mas devo confessar que duas dessas pequenas empresas já me têm como freguês quase cativo. A primeira é a que chamo de "quitanda" por ofertar frutas, verduras e legumes. É o Armazém Botânico. Na verdade, a oferta de produtos deles é mais ampla, tipica de um pequeno armazém mesmo. Bem diversificada. Mas, como da primeira vez que lá estive, fui atraído pelas frutas e verduras expostas do lado de fora, eu a chamo de quitanda. Os atuais donos são Críssia e Lucinaldo, um casal que tomou conhecimento da intenção do dono anterior de vender o negócio que era, principalmente, uma loja de produtos naturais. Aproveitaram a oportunidade e estão no bairro há quatro meses. Fiquei sabendo disso hoje pela manhã quando lá estive. Lucinaldo e Críssia têm talento e dom para o comércio que enxergo na forma simpática e atenciosa com que me recebem.
Ao menos duas vezes por semana, vou comprar algo com eles. Outro dia, depois que paguei a compra lembrei que havia esquecido de comprar alho. Perguntei a Críssia se tinha e com a resposta positiva peguei apenas uma cabeça de alho pois estava com pouco dinheiro na carteira e não queria usar o cartão novamente. Críssia não quis me cobrar pelo alho. Gentilmente me falou:
_ Pode levar. Não precisa pagar. Já está pago!
Sabe conquistar um cliente, não acha?
O açougue Touros é a outra pequena empresa da qual me tornei freguês. Da primeira vez que fui comprar lá, estava voltando do Armazém Botânico que fica muito próximo. Era um sábado e, além das carnes e outros produtos típicos de açougue, e alguns de mercearia, havia uma churrasqueira exalando um aroma delicioso de assados. Comentei com o açougueiro que era novo no bairro e tinha passado pela "quitanda". Ele perguntou se eu me referia ao armazém. Com minha confirmação, ele me disse:
_ É do meu irmão e de minha cunhada.
Nesse dia, comprei um pedaço de pernil de porco e algumas latinhas de cerveja da Amstel. Na saída perguntei o nome do açougueiro. Cilso foi a resposta. Não pense que digitei errado, você que me lê. O próprio me alertou:
_ Não é Celso, é Cilso.
Outro dia, quando fui comprar um assado preparado pelo Cilso, peguei mais algumas latinhas da Amstel e perguntei o preço. Ao ouvir a resposta do Cilso, comentei:
_ Já subiu o preço? Parece que na semana passada estava mais barato.
Ao que Cilso me respondeu:
_ Não. É o mesmo preço.
E, em seguida, completou:
_ Mas, vou lhe dar um desconto de cinquenta centavos em cada latinha.
Mais um que sabe cativar o freguês! Concorda comigo?
Então, Críssia, Lucinaldo e Cilso, além de terem nomes pouco comuns, compartilham algo que me faz ser freguês de pequenas empresas: a simpatia, a atenção, e o bom humor no atendimento.
Afinal, tanto Lucinaldo e Cilso brincaram quando lhes perguntei o nome, após me apresentar:
_ Meu pai tinha um gosto diferente por nomes, disse Cilso sorrindo.
E, Lucinaldo comentou em outra ocasião:
_ Filho caçula sofre! Fica com o nome mais estranho.
E Críssia completou:
_ Mas, o meu é o mais estranho, não acha?
E eu saí da "quitanda" sorrindo com as compras da manhã de sábado.
Aprendi a incentivar o pequeno empresário e a ver esse tipo de beleza na pandemia da Covid. Desde então, muita pouca grande empresa vê a cor do meu dinheiro, ou melhor, do meu cartão.
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