Este blog é de autoria de Fernando Antonio Prado Gimenez. Destina-se a textos, reflexões, memórias e comentários sobre empreendedorismo e pequenas empresas.
quarta-feira, 3 de junho de 2020
Amizade e freguesia nos tempos do Gimenez
A primeira que me veio à mente foi minha madrinha. Meu pai e ela conversavam em espanhol. Dos filhos do velho Antonio Gimenez, imigrante da Espanha, meu pai era o único que falava a língua do pai. Nenhum dos outros tios e tias o fazia. Meu pai aprendera com seu padrinho. Bernardo Amor. Que nome! Bernardo Amor foi meu padrinho também. Alzira e Antônio de batismo. Bernardo, de crisma. Mas, esta é outra história também.
Hoje estou um pouco disperso. Mas, com memórias é assim. Nem sempre é o que você quer lembrar. Às vezes, é o que escorrega da alma para as pontas dos dedos. Ponta do lápis ou caneta, antigamente. A escrita no celular faço com a ponta do polegar. Digital!
Volto à minha madrinha, então. Dona Alzira. Lembro-me dela descendo os quinze a vinte metros que separavam sua casa do mercado. Chegando perto e cumprimentando o Christovam. Para ela, não era seu Gimenez. Sempre com alguma piada trocada entre os dois. Amizade antiga. Guardei na memória, uma pergunta repetida inúmeras vezes:
_ Christovam, tem cará e ajo?
Na rapidez da pergunta, em português com espanhol, cará e ajo misturados se transformando em carajo (caralho). Muitas risadas antes de Dona Alzira entrar porta adentro.
Da Goias para a Paranaguá. Em direção à Pará. Depois Piauí, seguida por Pio XII e Tupi. Caminho do Colégio Londrinense. Também percorrido infinitas vezes. Na maioria destas, à pé. Indo e voltando para o Londrinense. Com irmãos, com irmã, com amigos. Tempos de primário e ginásio.
Certa vez, ainda no primário, na saída da escola, um dos entregadores de bicicleta bem em frente ao Londrinense. Aquelas bicicletas grandes com uma estrutura à frente onde era amarrada a caixa com as mercadorias. Tempo ainda da Casa Gimenez. Entrega feita, meus irmãos e eu pegamos carona. Três ou quatro crianças montadas na bicicleta. Não lembro bem. Descendo pela Santos e depois Paranaguá. Pouco mais de um quilômetro. Inesquecível!
Mas, esta memória também é de outra história. A intenção era falar do seu Luís Morselli. Morava no meio da Paranaguá, à direita se afastando do mercado. Perto de vinte metros também. No máximo, trinta. Ao final da tarde, sempre dava as caras no mercado. Bater papo com Christovam. Mais um que não falava Seu Gimenez. Amigo para muitas parcerias. Socorria o Christovam com empréstimos de amigo, quando o fluxo de caixa entrava no vermelho. Marceneiro, foi seu Luís que fez as gôndolas e checkouts quando a Casa virou Supermercado Gimenez. Amizade duradoura.
Mais um dos que chamavam meu pai pelo nome foi seu Washington. Marido de dona Nancy. Professora de piano. Kilda, minha irmã, aprendeu com ela. Com as filhas, Thelma, Thaís e Thalita (já não lembro se tinham mesmo "h" nos nomes!), moravam na Goiás, três casas abaixo do Supermercado. Ao lado esquerdo de quem descia para a Antonina, depois JK ( de Juscelino Kubitschek). Mas, a mudança do nome de rua já contei em outra memória. Mesmo lado do mercado. Pra baixo da Antonina, o vale e a subida em direção à Maringá. Viraria caminho da UEL, depois da rotatória com o monumento ao Batata (busto do Castelo Branco). Mais um caminho percorrido inúmeras vezes. Mais vezes, depois que me tornei professor. Mas, esta é outra memória. Eita! Hoje, as memórias parecem querer surgir a qualquer custo!
Eu contava do seu Washington. Freguês diário também. Voltava do trabalho ao final da tarde. Descia a Goiás. Entrava para as compras diárias. Certa vez, quando criamos uma promoção regular no supermercado - quarta-feira da dona de casa - seu Washington reclamou. De brincadeira. Uma questão de gênero muito peculiar. Nessas quartas colocávamos muitos produtos em oferta. A preços bem menores que a concorrência. Seu Washington chegou para mim e minha mãe e disse:
_ Devia ser quarta-feira da dona de casa e do dono de casa. Eu estou sempre aqui.
Nós e eles rimos. De forma discreta. Seu Washington era um homem mais circunspecto. Mas era um freguês leal.
Em outro momento, já falei da proximidade entre empreendedores e clientes/amigos como algo típico da pequena empresa. Fator que ajuda a entender a longevidade de alguns desses negócios de menor porte. Com dona Alzira, seu Luís e seu Washington resgato algumas dessas figuras. Apenas três, entre inúmeros. Alguns foram lembrados quando escrevi "_ Zézinho, vai lá no Gimenez...". Outros poderão surgir em outras memórias. Como você viu, às vezes, no meio de uma história, outras teimam em aparecer. Nem sempre é o escritor que dita a escrita.
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Muito antes desse tal de delivery
terça-feira, 19 de maio de 2020
Tensão no Supermercado Gimenez: um assalto
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Na época da Casa Gimenez, uma história do Lobo
A Casa Gimenez era uma mercearia. Depois dessas reuniões, meus pais fizeram planos de ampliá-la. Para isso já havíamos desocupado a casa que ficava aos fundos da mercearia que comentei em outro post. Nós nos mudamos para a casa quase em frente à mercearia, na rua Paranaguá, que foi nosso lar até todos os filhos se casarem.
Tem uma história contada por minha mãe, e por meu pai também, que ocorreu muito antes dessa transformação. Meus irmãos e eu éramos ainda crianças. Meu pai tinha um cachorro - o Lobo - que, em minha lembrança, tinha porte e jeito de um pastor alemão. Mas, se a memória não me falha, era de raça indefinida. Vezenquando, havia algum atrito com alguma freguesa ou freguês por causa do Lobo. O cachorro estava sempre solto. Circulava pela mercearia e pelas calçadas em frente e ao lado. Na minha visão de criança, Lobo era muito dócil. Ainda mais comigo e meus irmãos e irmã.
Parece que um dia, no entanto, Lobo mordeu o filho de uma freguesa. Nada sério, mas a mulher era difícil. Fez um escândalo. Meu pai, que também não era muito fácil, respondeu à altura. Disse que era culpa do muleque que foi bolir com o Lobo. A coisa azedou.
A freguesa ligou na prefeitura. Algum tempo depois, veio a famosa "carrocinha" que passava pelas ruas da cidade recolhendo cães soltos ou abandonados. Lobo já tinha escapado várias vezes do laço dos funcionários da prefeitura. Apesar do tamanho, era ágil. Era com um laço que os cães eram presos e colocados na "carrocinha".
Os caras tentaram laçar o Lobo mais uma vez. Ele escapou e entrou no jardim de casa. Chamaram meu pai na mercearia. Explicaram que tinham que levar o Lobo para que ficasse 24 horas em observação. Por causa da mordida no muleque. Meu pai não concordava. Não deixava ninguém chegar perto do Lobo. Os caras chamaram o veterinário da prefeitura. Amigo de meu pai. Ele explicou a situação. Convenceu meu pai. Mas, ninguém esperava o que seu Gimenez faria. Meu pai não deixou levarem o Lobo na "carrocinha". Disse:
_ O Lobo não é cachorro pra "carrocinha"! Vocês vão na frente. Lobo vai de carro comigo!
Tudo acertado, a carrocinha foi na frente. Meu pai levou Lobo algum tempo depois. Não vi, mas sou capaz de imaginar o sorriso malandro de vitorioso no rosto dele. E, no dia seguinte, foi buscá-lo. Felizmente, nenhum problema com Lobo. Para alívio de meu pai e para a mãe do muleque! E Lobo continuou flanando livre e leve pelas calçadas da Casa Gimenez.
domingo, 17 de maio de 2020
Algumas lembranças e memórias do Supermercado Gimenez
Em meados de 1976, desencantado com o curso de engenharia, fui para Campinas. Estudar Física. Durou apenas um semestre. Valeu mais pelas apresentações da Orquestra Sinfônica de Campinas que assistia no teatro da cidade uma vez por semana. À noite. Apreciava as viagens de ônibus gratuitas do centro até o campus em Barão Geraldo Sinal evidente de valorização do ensino superior. Tão diferente dos dias atuais!
Final de 1976, o retorno a Londrina. Em fevereiro de 1977, a pergunta: quando volta para Campinas? A difícil resposta: não voltaria. Decidido a ficar em Londrina. Começei a trabalhar com meus pais. No meio do ano, vestibular para Administração. Bem sucedido. Quatro anos depois, me torno professor após a graduação. Nove dias depois da formatura.
Nesses anos, a vida de trabalho na empresa familiar. Um breve afastamento de alguns meses. Mas, a pressão de pai e mãe levaram ao retorno. Uma experiência única. Em um breve período, sem a presença do pai. Fundador da pequena empresa, a nosso pedido, se afastara da gestão. Com mãe e irmãos, uma tentativa de independência da autoridade paterna. Depois de alguns meses, o inevitável retorno desta autoridade. O convívio se manteve até o afastamento para o mestrado. Entre 1982 e 1984. Depois,a escolha da carreira universitária. A princípio concomitante com a empresa familiar. Depois exclusiva.
Um período de duração imprecisa, esse meu trabalho na pequena empresa dos pais. A memória pode enganar. Além disso, como escrevi na introdução de meu primeiro livro - O estrategista na pequena empresa - na infância e adolescência houve a vivência no espaço da empresa dos pais. Espaço de brincadeiras e pequenos trabalhos. Ajuda que alguns desavisados, condenariam como trabalho infantil. Nada disso! Preparação para a vida, assim como a escola que frequentávamos.
Memórias de minha história. Memórias, também, que me contaram.
Me lembro do Professor Hermas, meu professor de matemática no colegial. Depois, colega da Universidade Estadual de Londrina. Ele na Economia. Eu na Administração. Volta e meia me contava da lembrança de meu pai, carroceiro, vendendo bananas no bairro.
Me lembro de minha mãe falando do tubarão da rua Paranaguá. Alcunha que um jornalista deu ao meu pai em algum momento dos anos 50 do século passado. Tempos de racionamento. Seu Gimenez escondia alguns produtos essenciais - arroz, farinha, açúcar - para seus clientes mais fiéis no bairro. Um dia, uma cliente chata e não atendida fez a denúncia. Não deu em nada, além da breve nota no jornal. Não era a Folha de Londrina.
Outra história que minha mãe contava. Sobre a freguesa cujo filho trabalhava na prefeitura. Apareceu oferecendo materiais escolares. De uma campanha escolar do governo do estado. Oferta polidamente recusada. Não dava para vender os produtos com marcas da campanha que algum funcionário subtraíra indevidamente das crianças em idade escolar.
Mas, nem sempre se conseguia resistir à corrupção. Me lembro de um funcionário de uma empresa estatal. Comprava em nome da empresa, produtos de uso cotidiano. Limpeza, café, açúcar. Pedia para superfaturar. Tirava a diferença em mercadorias para uso próprio. Eu fazia a nota fiscal. Um certo desconforto! Mas, sobrevivi a esta culpa. Tão pequena em comparação a outras culpas não minhas.
E o caso do fiscal da receita estadual! Conhecido da família. Freguês do mercado. A mordida foi grande. Em troca de uma multa menor, alguns meses de compra mensal. Gratuita e entregue na casa do próprio.
E a do marido fazendeiro. Também amigo da família. Quase parente. Mantinha a mulher quase presa em casa. Ela raramente podia sair pra visitar as amigas. Uma vez por mês, ele ia fazer compras. Duas compras praticamente iguais. Uma para a casa da família na cidade. Outra para a teúda e manteúda. Antiga denominação de amante. Esta vivia na fazenda. A primeira compra mandava entregar. A segunda, ele mesmo levava na caminhonete de fazendeiro. Esta memória era contada por minha mãe.
Outras memórias já apareceram em posts desse blog. Mas, além das acima, outras não. Quer conhecer mais uma?
Me lembro de meu irmão mais velho - Christovam. Ensinando Sebastião, entregador de bicicleta, a dirigir a Kombi do mercado. Sebastião, todo confiante, entrou com a Kombi na árvore que ficava na calçada. Bem na esquina. Ainda bem que os estragos materiais foram poucos. E nenhum dano corporal.
Christovam, também, misteriosamente, gostava de fazer algumas entregas. No lugar de José, o motorista. Em especial, quando as entregas eram na casa de uma loura da Juscelino Kubitschek. Eu não entendia. Ingênuo, perguntei para Graça o porquê. Ela atuava no caixa e era uma das mais antigas funcionárias do mercado. De confiança. Ela riu e me disse:
_ Não percebeu como demora essa entrega! Algo mais acontece além da entrega.
Graça não precisou dizer mais nada. Eu era ingênuo, mas não era tonto!
O convívio com meu pai nem sempre era pacífico. Algumas vezes, nos desentendíamos. Em poucas vezes, ele cedia a meus argumentos. Na maioria das vezes, encerrava o assunto com a frase: você tem muita gramática, mas pouca prática! Eu só podia me calar. Fazer o quê?
Certa época, todos os filhos casados, era necessário manter um esquema de remuneração adequada para cada um. Tentei convencer meu pai disso. Ele não aceitava. Dizia que podia ir pagando as despesas de cada filho conforme fosse necessário. Coisa de empresa familiar. Eu, na vã esperança de profissionalizar um pouco a empresa, combinei com meus irmãos uma retirada semanal para cada um. No sábado à noite, após o fechamento do mercado, eu recolhia o dinheiro dos caixas e fazia o registro do faturamento diário. Tirava a parte de cada um. Meu pai, contrariado, fingia que não via. Funcionou bem. Mas, algum tempo depois decidi ir para São Paulo fazer mestrado em Administração na Universidade de São Paulo. Quando voltei, acho que ainda trabalhei com meus pais e irmãos por algum tempo. Mas, a carreira universitária estava me chamando.
São memórias que guardo comigo. Algumas vividas. Outras contadas. Histórias de uma vida pequeno burguesa, que um intelectual pedante não hesitaria em assim adjetivar. Para mim, acima de tudo, são memórias de vida. Sem adjetivos. Que registro para que minhas filhas - Paloma e Fernanda- e meus enteados - Amanda e Marcelo - possam passar à frente.
Memórias que fazem parte de minha trajetória e que ajudam a compreender o homem que as viveu.
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
REFLEXÕES DE UM EDITOR DE DOIS PERIÓDICOS QUASE MARGINAIS E QUASE ANÁRQUICOS
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
A jovem Tina e o teto de vidro na pequena empresa
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Empreendedores de si?

sexta-feira, 19 de julho de 2019
Lava Jato, empreendedorismo e a mulher de César
Empreendedorismo é uma das palavras mais usadas contemporaneamente. Vezenquando, gosto de alertar aqueles e aquelas que estudam o tema comigo sobre os limites que devem existir para uma ação empreendedora, bem como sobre as limitações desse fenômeno para a solução das desigualdades socioeconômicas de nossa sociedade.
Sobre os primeiros, o ato de empreender tem que ser realizado sob uma consciência ética. Não se pode empreender sem levar em consideração possíveis efeitos danosos que possam surgir quando qualquer empreendimento é criado. Previsíveis ou imprevisíveis, é obrigação da empreendedora ou empreendedor agir de forma a evitar danos previsíveis ou para compensar os efeitos dos imprevisíveis sobre pessoas ou comunidades.
No que diz respeito às limitações do empreendedorismo, não se pode ter uma fé cega sobre as receitas que sugerem que o empreendedorismo é o caminho para todos. E que só não são bem sucedidos aqueles e aquelas que não se empenham. Infelizmente, essa é uma visão ingênua do empreendedorismo que leva muitos a deixarem de lado a solidariedade com os que não conseguem empreender e "resolver" sua vida. Em especial, me alarma ver muitos jovens querendo empreender sem recursos e competências pata tanto. É um caminho para o desastre.
Mas, as notícias desse final de semana sobre os planos de negócios de procuradores da Lava Jato me levaram a outra reflexão. Esta notícia me fez pensar que o famoso provérbio sobre a mulher de César deveria ser um lema do empreendedorismo. Ou seja, ao empreendedor não basta ser honesto, é preciso parecer honesto.
Quero dizer com isso que aqueles que empreendem devem considerar, sempre, em primeiro lugar o bem estar coletivo e não o interesse pessoal. Difícil, mas não impossível.
Pena que parece que no caso dos procuradores, o provérbio só foi seguido na sua parte final. Isto é estavam querendo parecer honestos. Quanto à primeira parte do provérbio, me parece que foi deixada pra lá!
domingo, 5 de maio de 2019
Brasil Empreendedor?
Hoje, enquanto esperava um ônibus para ir ao aeroporto, li uma notícia sobre estudos do governo para incluir motoristas de aplicativos (uber e outros) entre as categorias de serviços passíveis de enquadramento como Micro Empreendedor Individual (MEI).
Quem acompanha meus escritos no blog 3es2ps.blogspot.com, talvez tenha tido a oportunidade de ler um post em que critico a substituição de relações de trabalho por contratos de MEIs. Já faz alguns anos. A coisa parece piorar!
Essa decisão de incluir estes motoristas como MEIs, certamente, aumentará em alguns milhões o número de empreendedores brasileiros. Este acréscimo, fatalmente, acabará sendo comemorado em algum momento como um indicativo de um Brasil Empreendedor!
O que será, para mim, mais um falso brilhante nas estatísticas brasileiras!
Cansado de esperar o ônibus e com medo de me atrasar para o vôo, chamei um uber. Marcos chegou alguns minutos depois. Inevitavelmente, como sempre faço, pergunto há quanto tempo atua como motorista. A resposta: três meses. Segunda pergunta: como vão os negócios? Resposta: dá pra viver, mas trabalho de dez a doze horas por dia. Sem folga semanal. Não é a mesma coisa de trabalhar oito horas por dia em uma empresa, ele completa a resposta.
Comento com ele a notícia que li. Ele responde que já tinha ouvido falar. Esperançoso de que isso possa assegurar algum benefício futuro. Penso comigo: uma aposentadoria de um salário mínimo! Mas, guardo o pensamento para mim.
Alguém pode me dizer: assim como Marcos, muitas empreendedoras e muitos empreendedores têm longas jornadas diárias de trabalho.
Verdade? Pode ser. Mas, qual a diferença? Para mim, empreendedores e empreendedoras fazem suas escolhas sobre como atuar no mercado. Exercem sua autonomia criativa e empresarial. Marcos, não! Como motorista de aplicativo jamais será um empreendedor. Faz o que lhe mandam, nas condições que lhe determinam. É um empregado sem direitos trabalhistas!
Enquanto isso, seguimos celebrando o Brasil Empreendedor!
Me poupem!