Na edição de hoje (07/05/2012) do
MetroCuritiba, jornal distribuído gratuitamente
nas esquinas da cidade, que pode ser acessado em (http://www.readmetro.com/en/brazil/metro-curitiba/,
há uma pequena nota na página 4 informando que o Restaurante Gulliver,
localizado no Alto da XV, foi o primeiro buffet por quilo da cidade no começo
dos anos 90 do século passado.
Gastão Scheffer, proprietário do
estabelecimento, conta que se inspirou em restaurantes de São Paulo para trazer
a novidade para a cidade. Segundo ele, após viagem pela Itália e Estados Unidos
buscando ideias, não encontrou nada, mas ao chegar de retorno em São Paulo
almoçou por quilo e gostou da novidade. O empresário narra também que, em
seguida, outros restaurantes começaram a copiar a nova forma de servir. Nas
suas palavras, “logo em seguida, abriu o Churrascão nos fundos da Catedral,
mais tarde o Rizi BIzi, e pouco tempo depois, os restaurantes por quilo tomaram
conta da cidade”.
Essa história é muito boa para
exemplificar a noção de vantagem competitiva na gestão de pequenas empresas.
Quando era novidade, esse modelo de negócio diferente para funcionamento de um
restaurante, implantado por seu proprietário, permitiu que o Gulliver se
destacasse, atraindo até gente do interior do estado para conhecer a novidade,
segundo conta Gastão. Mas, como essa novidade não apresentava nenhuma
dificuldade de ser copiada pelos concorrentes, logo muitos restaurantes optaram
por essa novidade.
A permanência do Gulliver no
mercado até hoje, certamente não pode mais ser explicada pelo modelo de
negócio. É provável que haja outros aspectos de sua gestão e de sua operação
que fizeram com que a empresa durasse mais de três décadas, pois foi fundada em
1991. Talvez, a qualidade da comida seja um fator, outro fator pode ser sua localização
ou o atendimento dado aos clientes. São inúmeros aspectos que podem trazer
vantagens competitivas para uma pequena empresa. Como não conheço o Gulliver,
não posso opinar sobre o que explica seu sucesso, mas qualquer dia vou
experimentar.
O que desejo destacar dessa
história é a necessidade de buscar incessantemente um conjunto de aspectos na
gestão e operação de pequenas empresas que lhes permitam obter vantagens
competitivas. Em geral, as vantagens competitivas têm vida curta e o papel
principal dos dirigentes de pequenas empresas é tentar mantê-las o máximo que
puder, ou criar novas quando as existentes deixam de ser eficazes. Esse é o papel
do estrategista na pequena empresa!
Gimenez,
ResponderExcluirtudo bem?
Acho que talvez aí poderíamos levantar a questão de capacidade dinâmica, o que ele fez com os recursos de que dispunha ou que novos recursos veio a obter no decorrer?
Apesar de não se poder ter este tipo de resposta de fora, ou seja, como consumidor apenas, podem ser levantados alguns aspectos que tenham feito com que o negócio perdure até hoje, como: marca (reputação); boa gestão de funcionários; um cozinheiro antigo que o acompanhe desde o início; boa negociação na hora das compras; qualidade dos ingredientes utilizados, e assim por diante...
Enfim, coisas que me passaram na cabeça. Pelo que sei um vizinho italiano meu que fez o primeiro restaurante por quilo em Curitiba, mas faliu, sendo talvez este o motivo de ter sido esquecido. Daí a pergunta, um faliu e o outro não e a ideia era a mesma, ocorrendo a abertura do estabelecimento na mesma época...interessante.
Como sempre, UM GRANDE PRAZER LER O SEU TRABALHO!
Beijos na Sara!
Roberta.
Roberta,
ExcluirObrigado pela visita e pelos comentários. Abraços.